jeudi 20 décembre 2007

Poema de um bêbado que ama




Na embreaguês onde me encontro,
me encontro..
o vazio desperta e toma vida,
me apoquenta
mimado pelo passado
já não se contenta
com a miséria de um peito sem feridas

então,
o teu nome vem prontamente
confiante e solitário
à minha confusa mente

e muitas dores já doídas
peitadas pela solidão imponente
se encabulam
ao se verem diminuídas

e meu filho
se não nutrir de tuas mamas
não há de existir escusas entorpecidas
que justifiquem
mais uma linha nesta trama

estas palavras expelidas
de um peito premido
prentendem,
tolas como são,
penetrar no teu coração empedernido

e se o efeito for inverso
volto à contemplar a noite
à recordar dos tempos
que a beleza do infinito
cabia toda no meu pequeno universo

by Fabio Duarte

lundi 17 décembre 2007

Minha aposentadoria / Ma retraite

painting by Eduardo Monteagudo


em português...


Minha aposentadoria.


Às vezes eu tenho vontade fazer uma pesquisa com pessoas mais velhas, pra saber qual a porcentagem de sonhos elas completaram na vida.
10%, 50%, 0%... pode ser descontentamento generalizado, mas eu tenho a impressão quase certa de que esta porcentagem funciona mais ou menos como a distribuição de renda no Brasil: uma pequena minoria possui 50% dos sonhos realizados enquanto 90% da população não realiza nem 1% . Será que dá pra fazer uma tabela no estilo excel com uma coluna “desejado” e a outra “realizado”, onde marca-se um OK ou X ? Talvez seja complicado, afinal os sonhos e ambições vão se formando ao longo do caminho, não nascemos já com sonhos prontos. Um bêbe não sabe que em 40 anos ele vai sonhar com seu filho na faculdade de medicina. Uma menina tímida não sabe que daqui há 15 anos desejará ser a vencedora do BBB 48 (sim, os sonhos idiotas também são legítimos).
Entretanto eu acredito que há sonhos mutantes e dinâmicos, mas também há sonhos que vêm pra ficar, que não conseguiremos nos livrar deles jamais. Pelo menos comigo é assim. Dentro deste reino de sonhos (sonhus eternums do latim sonhus: sonhos ; eternums: eternos) há o filo dos sonhus minimuns (do latim sonhus: sonhos ; minimuns: mínimos, pequenos) e o dos sonhus elephantuns (do latim sonhus: sonhos ; elephantus: elefante, animal de grande porte, gigante, titânico, colossal). No filo sonhus minimuns encontra-se desejos como: ter um ralador de queijo automático, aprender a diferenciar a esquerda da direita sem hesitar, ter visão de raio X e outras pequenas coisas que podemos adquirir no dia a dia sem muita dificuldade. Agora, o filo do sonhus elephantuns é uma outra canção. Lá é onde estão as grandes classes dos sonhos quase impossíveis (leia-se então possível). Dentre as espécies que tenho criadas na minha cabeça, há uma que é de estimação.
Um belo dia (belo mesmo, eu não desperdiço palavras), à contemplar Paris, sentado nas escadarias da Sacré Coeur em Montmartre, não percebia, mas fecundava um bichinho do filo sonhus elephantuns dentro de mim. E é um desses sonhos que eu vou escrever em uma árvore (ou blog) pra não esquecer, que vou fazer planilha no Excel pra saber se no meu leito de morte estará marcado com um OK ou um X. Meu sonhus elephantuns é me aposentar e me mudar pra um apto em Montmartre. Um lugar necessariamente pequeno, onde a sacada dá pra rua, o sol bate até a metade da sala que é misturada ao quarto único. De manhã eu vou à boulangerie do monsieur Vieux com minha sacola de papel bege, onde vou colocar uma baguette fresca, uma maçã, 4 fatias de jambon e um croissant. Vou dizer “salut” ao Mohamed, mendigo do bairro. Durante o dia vou escutar Muddy Waters e outras músicas, escrever, ler, pintar, dormir, cozinhar, comtemplar a cidade da mesma escadaria. À noite eu vou ao pub Émile encontrar novos e velhos amigos, tomar uma dose de cognac Martell e fumar um habano. E nessa rotina pacata eu vou viver. Sabe-se lá como será a vida naquele país até lá, ou em quais roubadas eu vou ter me metido ao longo da minha vida (nem sempre ruins). A probabilidade de que meu sonhus elephantuns saia do casulo é pequena. Mas não importa, a possibilidade existe, e enquanto ela existir eu vou alimentar este e outros sonhos impossíveis.
Há uma coisa estranha nos sonhos. Eles realmente acontecem porém eles realmente acabam. Por isso quero viver meus últimos dias no sonho, sem lhe dar tempo ou chance de acabar .




en français...

Ma retraite

Par fois j’ai envie de faire une recherche avec les gens plus âgés pour savoir le pourcentage de rêves qu’ils ont réalisés dans leurs vies.
10%, 50%, 0%.... ça peut être un mécontentement généralisé, mais j’ai l’impression que ça marche plus au moins comme la distribution de revenue au Brésil : une petite minorité réalise 50% pendant que la grosse majorité ne réalise que 1%. Est-ce qu’on pourrait faire un tableau excel avec des colonnes écries « désiré » et d’autres écries « réalisé », où on marque soit OK soit X. Ca peut-être compliqué, car on n’est pas né avec nos rêves prêts, ils apparaissent au cours de nos vies. Un bébé ne sait pas que dans 40 ans il rêvera de son fils dans la faculté de médicine. Ni une fillette n’imagine pas que dans 15 ans son rêve sera de gagner le BBB 48 (oui, les rêves stupides sont légitimes aussi).
De toute façon je crois qu’il y a des rêves dynamiques et mutants, mais il existe aussi des rêves qui viennent pour rester pour toujours. Au moins avec moi ça arrive. Dans ce royaume de rêves (sonhus eternums du latin sonhus: rêves ; eternums: éternel) il ya le genre sonhus minimuns (minimuns: minimes, petits) et ce du sonhus elephantuns (elephantus: éléphant, gros animal, titanique, colossal). Dans le genre de sonhus minimuns on trouve des rêves comme : avoir un râpe de fromage automatique, savoir différencier la droite de la gauche sans hésiter, avoir de la vision de rayon X et d’autres choses qu’on peut avoir dans le jour-à-jour avec certaine facilité. Le genre du sonhus elephantuns c’est une différente chanson. C’est là où on trouve les rêves presque impossibles (lisez donc possible). Dans les espèces crées dans ma tête, il ya une qui est la plus estimée.
Dans un beau jour (vraiment beau, je ne gaspille pas des mots) à contempler Paris, assis sur les escaliers de la Sacré Cœur à Montmartre, je ne apercevais pas, mais je fécondais une petite bestiole dedans moi. C’est un de ces rêves que je vais écrire sur un troc d’arbre (ou blog) pour ne jamais l’oublier, que je vais faire un tableau Excel pour savoir à la fin de mes jours si je l’ai marqué OK ou X. Mon sonhus elephantuns est d’habiter à Montmartre une fois que je serai retraité. Dans un appartement nécessairement petit, où le balcon fait face à la rue et où les rayons du soleil entrent jusqu’à la moitié de la salle qui est mélangée avec la chambre unique. Au matin, je vais à la boulangerie du monsieur Vieux avec mon sac de papier beige pour acheter une baguette, une pomme, 4 morceaux de jambons et un croissant. Je dirai « salut » à Mohamed, le SDF de l’arrondissement. Pendant la journée je vais écouter Muddy Waters et d’autres musiques, écrire, lire, peindre, dormir, cuisiner, contempler la ville dés mêmes escaliers d’avant. À la soirée j’irai au pub Émile pour rencontrer les nouveaux et vieux amis, pour boire une fine de cognac Martell et pour fumer une habano. Et dans cette routine paisible je vivrai. Qui sait comment sera la vie dans ce pays jusqu’à la, ou dans quelles quiproquos je serai entré pendant ma vie (pas toujours mal). La probabilité que mon sonhus elephantuns sorte de son cocon est petite. Mais ça n’importe pas, pendant que mes rêves sont possibles, je vais les alimenter.
I y a une chose bizarre avec les rêves. Ils vraiment se réalisent néanmoins ils vraiment finissent. À cause de ça je veux vivre mes derniers jours dans un rêve, sans lui donner du temps ou de la chance de finir.

mardi 27 novembre 2007

Fim da greve / La fin de la grève





"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, eu blogo! "


Tá bom tá bom, depois dos pedidos desesperados e agonizantes, resolvi pôr fim à greve. Porém a Inspiração está de mal comigo. Mas como ela é igual a mulher de malandro, basta eu paquerar um pouco a Divagação, que o ciúmes desperta e ela vem rapidinho de novo pra mim. Todavia deixo como discurso de reabertura uma citação lusitana (mas não necessariamente burra):


Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo
( além da sífilis, é claro)
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora...

Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa

lundi 19 novembre 2007

Greve / Grève






Greve
Estou de greve. Um protesto contra a escassez de comentários. Me alimento de comentários, e exijo aumento. Operação Padrão acaba de entrar em vigor.


Grève
Je suis en grève. C’est un protèste contre la manque de commentaires. Je me nourries de commentaires, et j’exige une augmentation. L’Opération Padrão vient d’entrer en vigueur.

lundi 12 novembre 2007

Minha ilha e a perfeição (parte 2) / Mon île et la perfection (partie 2)



en portugais...


Ontem, enquanto inocentemente sugado por mentes perturbadas a participar de mais uma discussão etílica à respeito de nada e de tudo ao mesmo tempo, lembrei da minha ilha no meio do Pacífico onde eu sou ditador. Então hoje eu resolvi pôr fim a essa negligência e citar mais algumas idéias para melhor personalizar este pedaço de terra cercado por água de todos os lados (uma antiga professora de português me ensinou que não devemos repetir a mesma palavras várias vezes em um texto, por isso vou evitar usar a palavra “ilha”. E para provar o meu esforço vou gastar todas elas agora: ilha, ilha, ilha, ilha, ilha e ilha. Pronto, agora seja o que Deus quiser. Creio que minha Divagação secundária frente ao texto possui traços de megalomania e deve ser calada o mais rápido possível. Pronto, voltemos à estrada asfaltada).
Um assunto que me incomoda muito no Brasil e em muitos outros países é a aminésia da população no que concerne o papel do político. Esquecem que ele é um funcionário público, que trabalha pra nós, são nossos serviçais. A única razão para a existência do mesmo é a reprodução humana em alta escala. Torna-se fisicamente inviável aglomerar toda a população de um país dentro de um espaço para que possam votar medidas e reformas para o melhoramente do país. Por esta razão, escolhemos alguns servos para nos representar e fazer esse trabalho entediante. Esses pobres coitados não têm nem direito à opnião própria, devem única e exclusivamente seguir o que os seus representados pedem. Obviamente não é isso o que acontece. Esse serviçais abusados acham que estão na própria casa, ligam a televisão e põe o pé em cima da mesa de centro da sala. Não lavam a louça, pegam a sua comida da geladeira, arrotam à mesa. E o pior, no fim do dia te fazem acreditar que a casa lhes pertence e que você é o serviçal. Entretanto, esses iludidos têm motivos para o serem. Afinal, uma vez eleitos representantes do povo, ganham uma sacolinha recheadas de brindes legais. Ganham apartamentos, carros com combustível infinito, seguranças exclusivos, jatinhos, dinheiro equivalente à toda a renda de seus representados e etc. Bom, eu com uma sacolinha de brindes dessa também me sentiria mais importante frente às outras pessoas. Com tantas oferendas, me sentiria digno de uma lenda ou santo, como Iemanjá ou Santo Antônio (este último eu citei pois deve ser o personagem mais abastado de oferendas da categoria, por ser o principal fornecedor de maridos para as mulheres brasileiras. Mas esse fato ainda exige confirmação. Além disso acredito que muitas delas confiscaram a oferenda de volta como forma de protesto ao péssimo produto oferecido, já que ainda não existe SAC neste departamento. Eu disse ainda. Não vai demorar muito pra que uma dessas figuras canônicas contrate os agradáveis serviços de telemarketing para oferecer crédito de pecados, redução de rezas, pacotes de benção e muitos outras vantagens. “olha bem Divagação, o papai gosta muito de você mas agora ele está ocupado com o texto principal, tá? Depois papai brinca mais com você.” ).
Visto tudo isso e o grande poço de merda putrificada dentro da qual está enterrada a política no Brasil e outros países, decidi rejeitar este modelo para minha espinha terráquea inflamada além do nível do mar. Lá, o político será chamado de político-escravo. É um nome chocante, mas este é o intuito. Assim nunca esqueceremos que ele é nosso subordinado, e soará estranho quando um político-escravo eventualmente “dominar” qualquer coisa que seja. Ele vai ganhar salário mínimo, andar de ônibus e enfrentar fila. No encontro das Nações Unidas em NY, deverá pegar um avião de carreira classe econômica. E não vale pedir um saquinho de amendoim a mais, se não a viagem encarece. Neste corpo estranho no meio de tanta água os políticos-escravos seriam pessoas comuns, como o seu Nelson que vcoê encontra no bar da esquina, como a dona Solange que te emprestou o sal na semana passada. O político-escravo é seu vizinho na minha península aleijada , e há grandes chances que o seu cachorro cruze com a cadelinha dele.



en français...


Hier soir quand je me suis dragué par les têtes perturbés à participer d’une discussion alcoolisée sur tout et rien au même temps je me suis souvenu de mon île dans le milieu du océan Pacifique où je suis dictateur. Donc aujourd’hui j’ai décidé de mettre fin à cette négligence et citer quelques idées pour meilleur personnaliser ce morceau de terre entouré d’eau par tous les cotés. (J’ai eu une prof de portugais qui me disait que ce n’est pas bon de mettre le même mot plusieurs fois dans le texte, alors je vais éviter le mot « île ». Et pour prouver mon effort, je vais les gaspiller tous toute de suite : île, île, île, île, île, île, et île. C’est dans les mains de Dieu maintenant. Je croix que ma Divagation secondaire par rapport au texte a des traces de mégalomanie, et elle fermer sa gueule toute de suite. Ca y est, on retour à la route asphalté.)
Un sujet que me perturbe beaucoup au Brésil et dans autres pays c’est la amnésie des gens par rapport au rôle des politiciens. On oublie qu’ils sont fonctionnaires publiques qui travaillent pour nous, qui sont nos employés. L’unique raison de sa existence c’est la reproduction humaine en grande échelle. Ca devient physiquement impossible agglomérer toute la population d’une nation dans un espace pour qu’ils puissent voter les reformes pour l’amélioration du pays. Pour cette raison, on choix quelques employés pour faire ce boulot pénible. Ces pauvres hommes n’ont même pas le droit à une opinion, une fois qu’ils sont payés pour faire exactement ce que ses représentés veulent. Evidement ce n’est pas ça qui arrive dans la réalité. Ces employés abusé pensent qu’ils sont dans leur propre maison, ils allument la télé, ils mettent ses pieds sur la table de centre de la salle. Ils ne font pas la vaisselle, ils prennent vos repas dans le frigo, ils rotent à la table. Le pire c’est que à la fin de la journée ils te font croire qu’il tu n’es pas le propriétaire de la maison, et que tu es leur employé. Néanmoins, ils ont des raisons pour en croire. Une fois qu’ils sont élus par leur représentés, ils gagnent une poche remplie de superbes cadeaux. Ils gagnent des appartements, des voitures avec essence infinie, sécurité personnel exclusive, des avions à jaillissement, de l’argent équivalent à toute la recette de la population représenté et etc. Alors, si j’avais gagné une poche de cadeaux comme celle-là, ça me ferait croire que je suis vraiment plus importante que les autres personnes. Avec assez de cadeaux je penserais que j’étais une légende où un saint, comme Iemanjá ou Saint Antoine. (J’ai cité ce dernier là parce que je pense qu’il est le plus grand gagneur de cadeaux de la catégorie, vu qu’il est le saint qui donne des maris aux femmes brésiliennes. Mais ce fait exige encore quelques vérifications. En plus, je croix que il y a eu plusieurs fois que les cadeaux ont été confisqués par les propres donneurs, comme une forme de proteste contre le mauvais produit reçu, une fois que ce département n’a pas encore un service téléphonique pour les consommateurs. J’ai dit « encore ». Dans quelques ans on aura les super agréables services de telemarketing qui offriront des crédits de péchés, réduction de prier, des produits bénis et beaucoup d’autres avantages. ( « écoutes Divagation, papi t’aime beaucoup, mais maintenant il doit finir le texte principal, d’accord ? Toute de suit papi revient pour jouer avec toi. »).
Vu toute ça et la grande piscine de merde putréfié dans laquelle la politique brésilienne de d’autres pays nagent, j’ai décidé rejeter cette manière d’être politicien pour mon éruption de planète au-delà du niveau de la mer. Là-bas les politiciens seront nommés politicien-esclave. C’est un nomme fort, mais c’est ça l’intention. Ca va nous souvenir tout le temps qu’ils sont nos subordonnés, et ça va être très bizarre quand éventuellement un politicien-esclave « dominer » quoi que ce soit. Il va avoir le SMIC comme salaire, il prendra le bus et il fera la queue. Pendants les conférences des Nations Unies à NY, il doit prendre un avion commun, dans la catégorie économique. Et il ne peut pas prendre une deuxième poche de cacahuète, si non la voyage va couter trop chère. Dans ce corps étrange parmi assez d’eau les politiciens-esclave seraient des personnes communes, comme monsieur Nelson que tu trouves du pub du coin, ou madame Solange, qui t’a prêté le sel la semaine dernière. Le politiciens-esclave est ton voisin dans ma péninsule handicapé, et il y a des bonnes possibilités que ton chien baisse sa chienne.

vendredi 9 novembre 2007

The winner.


en portuguais...


O que eu não quero ser.

Ontem eu fui à uma palestra onde se apresentava um sujeito de terno e gravata, administrador, economista, escritor, poeta e rico. Ele também tinha o cabelo engomado com uma mecha cinza que lhe conferia uma importância virtualmente maior. O nó da sua gravata amarela lustrosa parecia recheado de algodão, para dar maior volume. Um nó de gravata siliconado. Impunha-se como um galo de briga, peito cheio e pose de comandante.
Durante sua longa explanação divagava sobre a “possibilidade real” de que capitalismo e a felicidade do trabalhador pudessem coabitar num mesmo planeta. A palestra foi um showbusiness da pior categoria e de extremo mau gosto. Repetia clichês e ladainhas sobre como fazer o “bem” dentro e fora de uma empresa. Forçava sotaques para passar a impressão de que já misturava o português e o inglês sem que percebesse. Afinal ele é um homem de sucesso, e homens de sucesso falam inglês necessariamente. O grand finale foi um pedido descarado de aplausos pra ele mesmo, com a desculpa de que estavam aplaudindo a bandeira nacional. Não surpreendentemente ele foi amplamente atendido.
Durante todo esse processo confesso que alguns flashes cerebrais do Pastor R.R. Soares e Silvio Santos iludiram meus olhos por alguns instantes. Foi então que eu percebi a carência de todos nós. A linha é tênue ou inexistente entre uma palestra motivacional e uma missa ou culto de qualquer igreja. As pessoas precisam se apoiar em algo, em alguma idéia, em algum Deus, em alguma esperança ilusória, alguma falsa segurança. Mas enfim, isso é assunto pra outra mesa de bar numa outra sexta-feira.
O objetivo deste texto é peitar o vencedor, o homem de sucesso. O homem de sucesso que eu quero ser não usa gravatas siliconadas amarelas, nem mechas cinzas no cabelo engomado. Ele não faz declarações que o contradiz na mesa do cocktail pós-palestra. Além disso ele não é agradável com todo mundo, não sorri quando não sente vontade e só cumprimenta quem preza.
O homem de sucesso que eu enxergo é aquele que busca a felicidade real, palpável até o último dia da sua vida. Ele não pede nem precisa de aplausos. Ele sabe no seu mais íntimo e particular pensamento que ele é feliz, apesar de tudo e de todos. Ele se sente aliviado de ser uma pessoa esclarecida frente às idiotices que vê no dia a dia. E ele vibra sozinho e silenciosamente a glória de não ser escravo de uma platéia. Até o último dia de sua vida ele não aceitará que a felicidade já passou, e que não volta mais.
A vida é uma caminhada do ponto A ao ponto B. Pois caminhe no seu próprio ritmo, converse com as pessoas que estão caminhando perto de você. Admire a paisagem do trajeto. Não se apresse, pois quando chegar no ponto B perceberá que não há mais nada pra fazer nessa vida monótona.

en français...

Ce que je ne veux pas être.

Hier soir je suis allé à une conférence où un type se présentait avec de paletot et cravate. Il était géreur d’entreprises, économiste, écrivant, poète et riche. Il avait aussi la coiffure à gel, et une mèche grise qui lui apportait une importance virtuellement plus grande. Le nœud de sa cravate jaune et lustrée passait l’impression qu’il était rempli de coton, pour apporter plus de volume. Un nœud de cravate siliconé. Il s’imposait comme un coq de lute, la poitrine gonflée et la pose d’un commandent.
Pendant sa longue explication il divaguait sur la « possibilité réelle » de la cohabitation du capitalisme et de la félicité du travailleur dans la même planète. La conférence fut un grand show-business de la pire qualité, du plus mauvais goût. Il répétait des clichés sur comment faire du « bien » dedans et dehors une entreprise. Il forçait des accents pour donner l’impression qu’il n’apercevait plus le mélange qu’il faisait entre le portugais et l’anglais. Enfin il est un homme de succès, et hommes de succès parlent forcement anglais. Le grand finale s’est déroulé avec une demande désinhibé par applaudissements pour lui-même avec l’excuse qu’ils le faisaient pour le drapeau national. Sans surprise, il a été largement attendu.
Durant tout le procès je confesse que quelques flashes dans mon cerveau de Pasteur RR Soares et Silvio Santos ont dérangé et foncé ma vision et m’ont fait cru que je les regardais en fait. C’est quand j’ai aperçu la carence de nous tous. La ligne est fine ou inexistante entre une conférence motivationnel et une messe dans l’église. Les gens ont besoin de s’appuyer sur n’importe quelle chose, sur une idée, sur un dieu, sur un espoir false, sur un false sécurité. Mas c’est une discussion pour un autre pub, dans une vendredi différente.
Le but de ce texte c’est affronter le gagnant, l’homme de succès. L’homme de succès que je veux être n’utilise pas des cravates jaunes siliconés, ni des mèches grise dans sa coiffure à gel. Il ne fait pas des déclarations que le contredit dans la table pendant le cocktail après la conférence. En plus, il n’est pas agréable a tout le monde, il ne sourit que quand il veut et il ne compliment que ces qu’il en prie.
L’homme de succès réelle que je voix c’est ce qui cherche la félicité réelle, tangible jusqu’à le dernier jour de sa vie. Il ne demande pas ni veut pas des applaudissements. Il sait dans son plus intime et particulier pensée qui il est heureux, malgré tout et tous. Il se sent léger pour être une personne illuminée parmi les idioties qu’il voit à chaque jour. Et il vibre tout seul et silencieusement la gloire de ne pas être l’esclave d’une audience. Jusqu’à le dernier jour de sa vie il n’acceptera pas que la félicité soit déjà passée et qu’elle ne revienne plus.
La vie est une promenade du point A au point B. Donc, promenez vous avec votre propre rythme, parlez avec les gens qui promènent à côté de toi. Admirez les paysages du trajet. Ne soyez pas pressés, parce que quand vous arrivez au point B vous apercevriez que il n’y a plus rien à faire dans cette vie monotone.

mardi 6 novembre 2007

I’m really sorry.


I wish I was in control.

I 'm not.

I'm sorry.



lundi 22 octobre 2007

A queda. / La chute.

en portugais...
A queda.

Pés descalços no chão morno. Os carros passam numa velocidade maior que a minha. Eles não fazem barulho. Eu não possuo nesse momento nenhuma necessidade fisiológica. A Terra gira devagar, há uma paz perturbadora. Uma paz inocente, que só eu consigo enxergar , que não existe. Não há mais conseqüências, nem responsabilidades. Só o momento. Só os pés descalços no chão . Chão morno, de concreto gasto, pintado de vermelho, aquecido pelos raios de sol que entram pelo basculante da cozinha num domingo às 15:00h.
Assim, um dia vou levitar. E o relógio nunca chegará às 15:01h.

en français...

La chute.

Les pieds nus sur le sol. Les voitures passent avec une vélocité plus grande que la mienne. Elles ne font aucun bruit. Je n’ai pas à ce moment aucune nécessitée physiologique. La Terre tourne lentement, il y a une paix perturbante. Une paix naïve, que seulement je peux voir, qui n’existe pas. Il n’y a plus de conséquences, ni de responsabilités. Que le moment. Que les pieds nus sur le sol. Sol chaud à concrète détérioré, peint rouge, chauffé par les rayons du soleil qui entrent par la fenêtre de la cuisine dans un dimanche à 15 :00h.
Comme ça, un jour je vais léviter. Et l’horloge ne va jamais arriver à 15 :01h.

lundi 17 septembre 2007

Menos 11 segundos na sua vida.

Por que para de ler esse blog?
R: pois o autor faz coisas assim:


lundi 3 septembre 2007

A onda.



Já pensei em várias maneiras de explicar a sensação da volta pra casa depois de um ano fora, a minha sensação.
Já tentei dizer que é como um sonho que tivemos, e do qual de repente acordamos. Mas não é bem assim. Uma abdução por OVNIs talvez explicasse melhor a sensação, mas ainda não é boa. O melhor que eu conseguir chegar foi a explicação da onda do mar.
Todo mundo já quase se afagou na praia quando era pequeno depois de ter tomado uma « vaca » de uma onda. Você está lá tranquilo quando de repente uma onde te pega de surpresa, te joga no fundo, te rodopia pra todos os lados, te enche os pulmões de água, te confunde, te desespera, te tira a respiração, te arranha. Você se encontra num estado absurdo de desespero, acha que a vida vai acabar. Em lances de segundo toda sua vida passa pela sua cabeça, arrependimentos, raivas, desperdício. Você se duvida a cada momento se vai viver ou morrer. Você luta, você se desespera. Mas acaba. Depois de um terror absoluto, acaba. Então você, ainda em estado de pânico, emerge d’água. Ainda tentando entender o que se passou você olha para a praia, pros banhistas, pras nuvens. E você percebe que nada mudou e que aqueles 10 min que você passou embaixo d’água lutando bravamente pela sua vida na verdade foram 10 segundos. Mas o que realmente te choca é que durante aquela luta pela sobrevivência, onde toda a sua vida passa pela sua cabeça, durante o desespero entre a vida e a morte ninguém te percebeu. Você não gritou porque estava debaixo d’água. Ninguém te viu, ninguém te ouviu. Você passou por uma experiência que vai lembrar pro resto da vida, e as pessoas nem sequer mesmo notaram que ela estava acontecendo. O banhista que estava bem do seu lado não te viu e continua remando sua prancha. Você quer gritar : « meu Deus, olhe o que aconteceu comigo ! Você não vai acreditar !». Mas a fadiga do pseudo afogamento te tira as energias, e mesmo se você ainda a tenha o suficiente para contar, você não o faz. Não o faz pois o surfista do seu lado não vai acreditar que aquilo tudo aconteceu entre uma onda e outra.

O tempo dentro d’água passa mais devagar. E só quem passou por experiência similar pode ouvir, ou quer ouvir.

jeudi 19 juillet 2007

Tela em branco. Pinte-se.


O destino é seu !

Há pouco tempo eu comecei a escrever, e percebi que é uma ótmia maneira de colocar as idéias no lugar.
Hoje durante uma conversa um assunto que me indigna me veio à tona.
É a procuração que doamos ao destino, à Deus, ao horóscopo. Simplesmente doamos nossa vida à algo que não existe pra nos sentirmos mais confortáveis, na posição do peão-de-obra, que não toma deicsões, simplesmente as aceita e as executa, como se seguisse ordens divinas, superiores.
Como eu destesto essa caridade !
É tão comum nos encontrarmos em situações em que dizemos : « é, não era pra ser, não era pra acontecer… »
Simplesmente esquecemos que estamos absolutamente sozinhos nessa vida estranha pra tomarmos nossas prórprias decisões. Esquecemos que somos plenamente responsáveis e autônomos nas nossas escolhas, no nosso destino.
O que seria de Picasso, se desse o pincel pra outra pessoa e dissesse : « ok, pinte pra mim, pois eu não sei o que pintar. ». Entregamos nosso pincel e nossa tela à uma religião esúpida, à um horóscopo, à um irmão mais velho, ao jornaleiro da esquina (como dizia Raulzito).
Temos tão pouco nessa vida, e ainda assim entregamos em mãos alheias. Entregamos à sinais abslotumante sem significância, na nossa superticiosidade enraizada. Um ônibus perdido, uma má conscidência, já basta pra concluirmos besteiras e descartarmos grandes oportunidades de viver, vivenciar, sofrer e rir.

Quantas viagens, amores e amizades já perdemos por conclusões simplistas, sem um minuto se quer de reflexão ? Não são poucas. Pelo menos pra mim não. Por isso eu tento, na medida do possível, contrariar tudo que possa parecer um sinal para o não fazer, o não tentar, o desistir.
Se eu perco o ônibus eu vou de bicileta, se o pneu furou eu vou à pé. Se eu torço o tornozelo vou de carona, se eu for sequestrado não importa. O que interessa é que eu não doei meu destino à sinais estúpidos.
Sinais estúpidos. Cuidado, eles podem te amputar, te limitar e finalmente te fazer viver uma vida mais preta e branca. Nada mais triste que uma vida que pode ser impressa em uma velha impressora matricial.

Eu não tenho cavalo bravo, não tenho carro desgorvenado, nem avião sem ailerons . Eu tenho minhas duas pernas. É tudo que tenho. Pois são as duas coisas sobre as quais possuo contrôle e que comando, que domino. Nao vou as entregar à ninguém.

Se um « sinal » te diz pra « parar por aí », mande-o pra puta que o pariu. O sinal não existe. Ninguém está te vigiando. Ninguém se importa com você. Aceite que que a úncia pessoa responsável por você é você mesmo. Tudo que é fisicamente possível está a seu alcance. Tudo.
Pois domine seu cavalo bravo, controle seu carro desgovernado e aterrise seu avião em queda. Viva a sua vida, seus momentos. Se eles são grandiosos ou apáticos, quem difine isso é você, mais nada nem ninguém.

A pessoa mais madura e mais sabida que a gente sempre enxerga nos outros ainda não nasceu. A nossa estratosfera está mais próxima que parece. Está na nossa cabeça. Só depende de nós definirmos até qual altitude respiramos.

mardi 10 juillet 2007

L'Ile de Ré


Em português...
Cada um tem seu refúgio. Cada um tem seu canto, ou improvisa um canto. Cada pessoa acha seu lugar, seu mínimo, que é só dela, mesmo sendo de todos. Cada um tem sua impressão, todos são iluminados pelo sol, e ninguém o possui.
No último domingo eu fui pra Ilha de Ré (leia-se Rê em português). Eu achei meu canto. Canto de muitos outros, mas ainda meu canto.
A ilha de Ré não sabe que eu existo, nem nunca vai lembrar que lá estive. Mas ela é também minha ilha, minha, meu canto, só meu, mesmo sem ela saber.
Somos todos, suponho eu, « ilhas de Ré » de outras pessoas. Assim como acredito que cada um de nós possuímos várias ilhas de Ré. Não pertencemos a ninguém, pertencemos à todos. Não há razões pra ciúmes, todos os casais olham a lua cheia, sem a querer com exclusividade. Somos todos ilhas, isolados, amados e pertencentes ao mundo. Somos todos (com algumas exceções !) lugares exóticos prontos a serem explorados. Interessante para uns, apático para outros. Ensolarado para uns, chuvoso para outros.
Na Ilha de Ré eu me senti leve, me senti feliz.
Lá não chove, só faz sol.
Lá as ruas são de pedras e as janelas têm flores. Os muros são brancos e os velhinhos andam devagar. Lá as pessoas sorriem e dizem « bonjour! ».
Na ilha de Ré não há trânsito, há bicicletas.
Enquanto o mundo se apressa, a Ilha de Ré anda, quase que de propósito, devagar. Só descobrimos que nao é de propósito quando andamos por lá e vemos as pessoas de lá. Só então percebemos que a falta de propósito é o que faz dela tão especial.
O mundo se inspira no grandioso, no rápido e no rico. Ainda bem que existem lugares como a ilha de Ré pra nos mostrar que essa formula é incorreta. Ainda bem !
Viva o pequeno, o calmo, o lento, o desconhecido. Viva o simples, viva o original, viva a diferença.
Viva a Ilha de Ré.


En français...

Chaque un a son propre réfugie. Chaque un a son coin, ou improvise son coin. Chaque un trouve son lieu, son minimum, qui n’est que à lui, même si il est à tous. Chaque un a sa impression, tous sont illuminés par le soleil, et personne ne le possède.
Dans le dernier dimanche je suis allé à l’Ile de Ré. J’ai trouvé mon coin. Le coin de beaucoup d’autres, mais quand même mon coin.
L’ile de Ré ne sait pas que je existe, ni elle ne va jamais se rappeler que j’étais là. Mais elle est aussi ma ile, la mienne, mon coin, que à moi, même si elle sait pas.
Nous sommes tous, je suppos, « iles de Ré » à autres personnes. Je crois aussi que chaque un possède plusieurs iles de Ré. Nous ne sommes pas à personne, nous sommes à tous. Il n’y a pas des raisons pour la jalousie, tous les couples regardent la lune pleine, sans la vouloir exclusivement pour eux même.
Nous sommes tous des iles, isolés, aimés et appartenus au monde. Nous sommes tous (avec quelques exceptions !) de lieus exotiques prêts à être explorés. Intéressent pour quelques uns, apathique pour quelques d’autres. Ensoleillé pour quelques uns, pluvieuse pour quelques d’autres.
Dans l’ile de Ré, je me suis senti léger, je me suis senti heureux.
Là bas il ne pleuve pas, il ne fait que beau.
Là bas les rues sont à pierre, les fenêtres apportent des fleurs. Les murs sont blancs, et les vieux promènent lentement. Là bas les personne sourient et disent « bonjour ».
Dans l’ile de Ré, il n’y pas des embouteillages, il y a des bicyclettes.
Lors que le monde s’arrache, l’ile de Ré marche presque qu’en propos lentement. Nous ne apprenons que ce n’est pas en propos que après que nous y arrivons, ou que nous y parlons avec des personnes. Nous apercevons alors que la manque de propos, c’est justement ce qui la fait si spéciale.
Le monde s’inspire dans le grandiose, dans le rapide et dans le riche. Au moins il existe des lieus comme l’ile de Ré, pour nous montrer que cette formule est incorrecte. Au moins !
Vive le petit, le calme, le lent, l’inconnu. Vive le simple, vive l’original, vive la différence.
Vive l’ile de Ré.

mercredi 13 juin 2007

Eu não te amo.




- Não, eu não te amo. Isso é uma ofensa à nossa história. -


Seria como dizer : « adorei esta refeição, parece um Big Mac. »
Eu odeio massificação, padronização e rotulação. Parece que só existe dois estados quando estamos com alguém. Antes e depois do « eu te amo ».
Como pode ser tão simplista essa diferenciação !
Cada pessoa tem uma história, uma maneira de pensar, um gosto musical, sues traumas, seus prazeres. Como podemos desprezar a complexidade de cada pessoa? Como podemos precisar tão digitalmente o estado em que sentimos as coisas? Ou eu eu te amo ou não. É como o número um e o zero booleanos. Ou é, ou nao é.
Não gosto que me digam como devo me sentir. Já ouvi muitas frases da natureza : « se você pensa sempre na pessoa, se sentes saudades é porque está amando ».
Faça o que quiser, mas não classifique o que eu sinto. Afinal nem eu sei.


- Eu sinto uma mistura de saudades, alegria, vazio, euforia, sonho, conforto , desespero e mais muitas outras coisas que não escreveram ainda no dicionário. Se querem chamar de amor, que chamem, mas é simplista e incompleto. A única coisa que eu sei é que no meu peito chacoalha um cocktail de emoções único, só meu, só nosso -


Toda essa padronização me irrita muito. Muito. Assim como odeio dança coreografada, Gugu Liberato, dia dos namorados e piadas machistas. Big Macs também. Todos os últimos são uma tentativa de padronização, de massificação ; Como se todos fôssemos iguais e com uma quantidade de sentimentos padronizadas. E se o que eu sinto for algo que ninguém nunca sentiu ? Quem sabe o que o outro sente ?
Esse ensaio de aniquilar toda originalidade do indivíduo é uma tragédia. Há tanta beleza e horror em cada pessoa. Cada pessoa é uma peça de teatro, com suas tragédias e comédias.
No dicionário, no lugar da palavra « amor » deveriam existir linhas em branco. Cada um completaria com sua própria definição. Afinal definir o amor “comum” não faz nenhum sentido. Pelo menos pra mim não.

Essa mania do ser humano de traçar fronteiras é tão virtual quanto a linha do Equador. Minha bússula não funciona, o norte e o sul se misturam. O oceano Atlântico e Pacífico se misturam, não há linhas que os separam.

- O caos que existe dentro de mim tem um filho, ele se chama paz. É tudo o que eu sei. –


- Só tenho certeza de que sinto, simples como deve ser. E que no meu Aurélio o seu nome está escrito em algum lugar entre as linhas em branco .-
O dicionário continua pequeno pro nosso infinito interior.

vendredi 8 juin 2007

Minha modesta definição de saudade. / Ma modeste définition de saudade.


en portugais...

Já li e escutei muitas definições de saudade, algumas conseguiram chegar perto ( Carlos Drummond de Andrade ), mas nunca me conveceram realmente.
Acho que é tão dificil de definí-la porque ela é por princípio, a definição daquilo que não está lá. Aquilo que te dá fome no peito. Aquele passo em falso numa escada, o apoio que pensávamos que estava lá, instinsitvamente. Mas que não está. Como descrever o vazio ? Como descrever o vácuo ?
A saudade pra mim é o vácuo, que deveria ser preenchido com algo que eu não sei. E esse « não sei » é que torna a saudade tão particular.
Um cego de nascença sente saudade do pôr-do-sol. Um surdo de nascença sente saudade do violão. Isso pra mim é saudade. É saber que existe algo extraordinário, mas que não temos a menor idéia do que é sentir este « algo ».
Sinto saudades de 5 anos atrás, quando eu não sabia o que sei hoje, e queria tê-lo sabido. Tenho saudades do agora, que poderia ser um momento pra lembrar pro leito de morte, mas que é apenas um espaço no tempo desperdiçado.
Tenho saudades do não saber, quando o saber não era importante. Tenho saudades da pessoa que eu não sou e nunca fui.
Tenho saudade das pessoas incríveis que nunca conheci e nunca vou conhecer. Saudades da música que eu nunca escutei. Saudades do prato que eu nunca comi. Saudades do lugar que eu nunca visitei. Tenho saudades dos amores que nunca tive e nunca vou ter.
Saudade é fome de espírito. É querer se alimentar sem saber que tem fome. É tomar uma gota d’água quando temos sede de uma garrafa inteira.
Saudade é um ponto de interrogação só, sem frase que o antecede.
E como se não bastasse o labirinto dessa palavra, eu sinto saudades de não saber que quando eu preenchia o « vácuo », eu não percebia que eu matava a fome.
Sou um cego que quando enxerga o pôr-do-sol, fecha os olhos. Um surdo que tampa os ouvidos ao escutar o som do violão.
Por isso a saudade vai estar sempre comigo. A saudade de quando eu não precisaria ter saudade.
… A saudades não é uma palavra, é um livro inteiro com páginas em branco…


en français...
J’ai déjà lu et écouté plusieurs définitions de saudades, quelques ont presque réussi (Carlos Drimmonde Andrade), mas elles ne m’ont jamais convaincu vraiment.
Je crois que c’est difficile de la définir, parce qu’elle est par principe la définition de ce qui n’est pas là. Ce qui nous fait avoir faim au cœur. Le pas false sur un escalier. Le soutien qu’on pensait qui était là, instinctivement. Mais il n’est pas là. Comment décrire le vide ? La saudade pour moi, c’est le vide, qui devrait être rempli avec je ne sais pas quoi. Et c’est ce « je ne sais pas quoi » qui fait la saudade tellement particulière. Un aveugle de naissance sent saudades du couché du soleil. Un sourd de naissance sent saudades du son d’une guitare. La saudades, c’est savoir qu’existe une chose extraordinaire, mais qu’on ne va jamais savoir comment sentir cette chose là.
Je sens saudades d’il y a 5 ans, quand je ne savais des choses que je sais aujourd’hui, et je voudrais l’avoir su. J’ai saudades de maintenat, quand ça pourrait être un moment que je pourrais me rappeler dans le jour de ma morte, mais qui c’est un espace de temps gaspillé comme beaucoup des autres.
Je sens de ne pas savoir, quand le savoir n’était pas important. J’ai saudades de la personne que je ne suis pas, et que je n’ai jamais été. J’ai saudades des gens extraordinaires que je n’ai jamais connu, et que je ne vais jamais connaitre. Saudades des musiques que je n’ai jamais entendues. Saudades des repas que je n’ai jamais goutés. Saudades des lieus que je ne suis jamais allé. J’ai saudades des amours que je n’ai jamais eu et que je ‘aurai jamais.
Sadades c’est la faim de l’âme. C’est vouloir se nourrir, sans savoir qu’on a faim. C’est boire une goutte d’eau, quand on a soif pour une bouteille entière.
Saudade est un point d’interrogation sans une phrase antécédente.
Comme si ça ne suiffait pas, le labyrinthe de ce mot, je sens saudades de quand je ne savais pas que je me nouais, que je rempliais le vide.
Je suis un aveugle qui ferme les yeux quand je vois le couché du soleil. Je suis un sourd qui ferme les oreilles quand j’écoute le son d’une guitare.
À cause de ça, la saudade va être toujours avec moi. La saudade de quand je n’avais pas besoin d’avoir saudades.
…… La saudades n’est pas un seul mot, c’est un livre entier avec les pages blaches….

jeudi 7 juin 2007

Formas de expressão.






Como todo bom idiota, eu gosto de pensar idiotices. Uma certa vez, indo ao jogo do Galo no mineirão, comecei a reparar na torcida e as coisas que fazia e cantava. Cantavam “GAALOOO, GAAALOOOO, GAAAALOOOO!!” (obviamente) e percebi que o faziam por dois motivos: porque amam o time e segundo porque sentem prazer, estao felizes de estarem ali, vão assistr o jogo de futebol que queriam, do time que gostam. E, por ser um idiota, comecei a imaginar coisas idiotas.
Comecei com a lasagna. Eu gosto de lasagna, adoro lasagna. Sinto um prazer imenso em comer lasagna, e fico super feliz quando vejo aquele prato lindo na minha frente. OK. Porque é que eu não salto da cadeira, tiro a camisa, começo a rodá-la e a gritar: “LASAAAAANGA, NHAAA NHAAA NHAAA NHAAAA”... ou, num momento de paixão, execrando o adversario: "EI SPAGUETTI, VAI TOMAR NO CU!!” ..... Não sei quanto tempo minha forma de expressar a alegria de estar ali em frente ao um prato de lasagna ia ser tolerada num restaurante. Eu gosto do Galo, gosto de lasagna, porque é que eu só grito quando eu vejo o Galo? Se formos pensar, seria um pouco estranho se fôssemos o tempo todo como as torcidas de futebol. Seria bizarro por exemplo um casal chegando num motel. Uma vez pelados, a situação se transformaria numa bavardia completa: o cara na janela soltando um rojão e gritando “BUCCCEEEETA, TA TA TA TA TA!!!!” e a menina pulando em cima da cama, rodando o sutiã berrando: “PINTO DOIIIIIIDO, DOI DOI DOI DOIDOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!

Seria estranho se pensarmos bem.

mercredi 30 mai 2007

Life sucks!





samedi 26 mai 2007

Minha ilha e a perfeiçã (1a parte) / Mon île et la perfection (1ère partie)








En portugais….

Sempre qui ser um ditador de uma ilha. Uma ilha pequena, isolada no meio do Pacífico. Esse lugar seria totalmente diferente de todos os outros. Com certeza seria odiada por muitos. Porém, diferente de Cuba, nesta ilha qualquer um poderia ir embora quando bem entendesse. Poderia também vir quem quisesse, sem visto nem passaporte. O propósito da ilha seria de repressão zero, onde tudo pode. A impressão que tenho é que as leis não funcionam, são anti-práticas, por isso a ilha seria um lugar de testes de um segundo modelo de sociedade, um lugar onde não houvesse lei, apenas bom senso e respeito. Citarei várias vezes minha ilha no futuro, começo com sua introdução.
Neste lugar não haveria carros. O único meio de transporte seriam bicicletas, as pernas e o bonde. O bonde não teria horário certo, e o condutor poderia parar quando bem quisesse para tomar um café, um sorvete. E cada vez que ele o fizesse todas as pessoas também desceriam do bonde, pra tomar um café, tomar um sorvete, fumar um cigarro, sentar numa mesa a céu aberto e conversar. As bicicletas seriam gratuitas e sem proprietários. Seriam propriedades de todos. Uma bicicleta encostada no muro poderia ser pega por qualquer um e usada. Esta mesma pessoa ao chegar no seu destino também a deixaria encostada em muro para que outra pessoa a usasse então. Você poderia pintar, decorar e equipar a bicicleta como quisesse, afinal ela seria de todos. Você poderia nunca mais vê-la, mas sua arte estaria sendo vista por outros. A soma das modificações e artes das biciletas faria com que você sempre usasse um exemplar único e original.
Outra característica particular da ilha seria sua olimpíada. Seria uma olímpiada onde o dopping seria obrigatório, só pra ser do contra mesmo. Politicamente incorreto? Sim. Porém seria amplamente assistida no mundo todo com certeza. Uma vez que os 100 metros rasos fossem completados em 6 segundos, minha ilha viraria notícia. Essa lugar utópico seria refúgio de tudo que não pode, tudo que não deve ser feito, tudo que é imoral e proibido. A “olimpíada dopping” seria o maior reflexo disso.
Nela também não haveria moeda. Tudo seria gratuito. Desde o pão na padaria, os hospitais, as escolas, o transporte até o terno que você mais gostou. Cada pessoa também trabalharia de graça. Cada um escolheria a profissão que quisesse, sabendo que não ganharia nada por isso, mas também que tudo seria de graça. Desta forma evitaríamos os ambiciosos que passam por cima de tudo para ficarem mais ricos. Evitaríamos a corrupção, afinal não haveria o que oferecer como propina, pois tudo ja seria ascessível e gratuito a todos.
Todas os tipos de narcóticos seriam legalizados e gratuitos. Não caberia ao estado controlar as vontades da população. Não seria imoral nem vergonhoso ser um drogado, apenas uma característica como outra qualquer, como a altura ou a cor dos olhos. Se esta pessoa morresse antes das outras, isso seria um problema exclusivamente dela. Ela viveu como quis.
As casas não possuiriram cercas, nem cozinhas. As cozinhas seriam espaços grandes espalhados por quarteirões onde todos se reuniriam para comer juntos, sempre. Seria um espaço aberto, gratuito e farto. A convivialidade de maneira geral seria privilegiada e incentivada.
Todos os tipos de religiões seriam proibidas. Não haveria se quer uma igreja, nem templo ou o que quer que seja. Sei que a palavra « proibida » não rima com liberdade, que é o propósito absoluto da ilha. Porém as religiões são intolerantes à outros tipos de pensamentos que não condizem com seus ensinamentos. E a recíproca não é verdadeira. Desta forma, por causa da intolerância das religiões em relação aos incrédulos e ateus, elas seriam execradas da minha ilha.
Seria direito de todos pintar a casa alheia como quisesse. Se você visse uma casa e achasse que ela ficaria mais bonita pintada de verde, ou com bolinhas amarelas, você poderia fazê-lo, não seria ilegal. Toda forma de expressão seria legal e tolerada. A arte de todos, medíocre ou não, seria espalhada por todos os lugares na ilha. Nas casas, nas biciletas, nos muros, no chão, nos bondes, em tudo.
A ilha seria, como tudo deveria ser, um espaço gigantesco de auto conhecimento do ser humano. Afinal é em ambientes livres que conseguimos nos expressar melhor. Olhando nossa própria expressão, passamos a nos conhecer.
O mundo não é perfeito. Nem o comum, nem o da minha ilha. O ser humano não é perfeito, e é simplesmente pedir demais querer um mundo sem problemas.
Agora tenho que procurar um nome pra ilha…



En français
La traduction dans quelques jours…

mercredi 16 mai 2007

Divagação inutil / Divagation inutille


















Qual é mais bonita? / La quelle est la plus jolie?


Mais uma divagação estupida e inutil, mas ainda livre.
Uma vez me fiz uma pergunta que nunca mais consegui tirar da cabeça : « nòs enxergamos as mesmas cores ? ».
Se o que me disseram que é vermelho, for a mesma cor que pra você disseram que é amarelo ? Quando nòs dois vemos o sinal « vermelho » na rua, paramos o carro. Porém, eu estou enxergando aquilo que me disseram que é vermelho, e você està enxergando aquilo que eu penso que é amarelo. Como nòs dois aprendemos isso desde pequenos, isso não faz nenhuma diferença, afinal ambos vamos parar o carro, e nenhum acidente serà causado por causa disso. (O que frisa a inutilidade deste texto)
O que poderia diferenciar nòs dois é que o mundo de um seria talvez mais bonito que o do outro. Serà que isso afeta o humor das pessoas ? Serà que é por isso que ha tanta diferença entre os humores de cada um ?
Uma vez eu vi uma reportagem de um cara que nasceu com uma doença rara : ele enxergava de cabeça pra baixo. Sim, de cabeça pra baixo. Tudo que ele via era invertido. O que eu nunca realmente entendi é como ele descobriu que ele via as coisas de cabeça pra baixo ? Como ele pôde comparar a sua visão com a de outra pessoa ? Talvez milhões e milhões de pessoas tenham esta doença e vão morrer sem saber. Talvez alguns enxergam quadriculados como as abelhas e nunca vamos saber, pois não sabemos como é a visão dos outros. Isso eu acho bem interessante de pensar, afinal se formos mais além, talvez enxerguemos belezas diferentemente. E se a Monica Belucci que eu enxergo, passar pra você a imagem que pra mim seria horrivel ? E se cada pessoa do planeta enxergar diferente, como uma impressão digital ?Se isso fosse de alguma forma comprovado, minha teoria de que a beleza é aprendida seria instantâneamente transformada em verdade.
Se compararmos dois sentidos : o paladar e a visão. O conceito de beleza é muito menos criativo que o do paladar. Todo mundo acha a Monica Belucci e o Brad Pitt bonitos. Todo mundo acha o Ronaldinho Gaucho feio. Sao padrões super claros, que não deixam duvidas. O paladar não! Cada um tem seu gosto pessoal, bem preciso e diverso. Todo mundo gosta de chocolate e de pizza. Sim, mas estas pessoas também gostam de muitos e muitos outros tipos de comida, de espécies completamente diferentes em ocasiões diferentes. Eu acredito que isso aconteça porque não podemos ensinar o gosto de uma coisa pra ninguém. Cada um tem sua lingua, cada um sente um gosto particular. Por isso ha tantos tipos deiferentes de comida como as ostras, que sao amadas por muitos, odiado por muitos e indiferentes pra muitos.
A Monica Belucci não é uma ostra, seja là o que essa frase queira dizer.
(compartilhando uma intimidade : é nessas horas que eu percebo que a divagação talvez tenha ido longe demais).
Este texto é definitivamente o mais inutil escrito até agora.

En français
Encore une divagation stupide et inutile, mais toujours libre.
Une fois, je me suis posé une question que je ne ai pas pu jamais enlever de ma tête : « Est-ce que chaque de nous visualisons les couleurs également ? ». Si ce qu’on m’a dit rouge est ce qu’on vous a dit jaune ? Lorsque un feu devient « rouge » sur la route, nous deux allons arrêter la voiture. Néanmoins, je verrais la couleur rouge que j’ai apprise et cependant vous verriez « votre » rouge qui en fait serait mon jaune. De toute façon, ça ne change rien, parce que nous deux arrêterions la voiture, et aucun accident n’aurait lieu. (Ce qui frise l’inutilité de ce texte).
Ce que pourrait faire une différence, c’est que je pourrais peut-être regardez le monde plus jolie que le votre. J’imagine si c’est à cause de ça qu’on a tellement de différence d’humeurs dans la planète.
J’ai regardé une foi une émission d’un type qui avait une maladie très rare et bizarre. Il voyait tout à l’envers. Oui, à l’envers. Tout qu’il voyait était à l’envers. Ce que je n’ai jamais compris c’est comment il a appris qu’il voyait comme ça ? Comment a-t-il comparé avec la vision d’une autre personne ? Peut-être millions et millions de personnes ont cette maladie mais vont mourir sans le savoir. Peut-être il y a ces qui voient carré comme les abeilles, et qui ne vont jamais le savoir parce qu’ils ne peuvent pas comparer avec la vision des autres.
J’aime bien penser à ça, parce que si nous allons plus loin, on peut-être voit les beautés différemment. Et si Monica Belucci passait à vous une image qui serait pénible pour moi ? Et si chaque personne dans la planète voit d’une manière différente, comme une impression digital ? Si ça était prouvé n’importe comment, ma théorie de que la notion de beauté est apprise serait instantanément confirmée.
Si on compare deux sens : la vision et le goût. Le concept de beauté est beaucoup moins créatif que ce de goût. Tout le monde trouve Brad Pitt et Monica Belucci mignons. Personne ne trouve Ronaldinho mignon. Ils sont standards très claires, sans doutes. Le goût pas ! Chaque un a son propre goût, précise et divers. Tout le monde aime chocolat et pizza, c’est vrai. Mais ces mêmes personnes aiment beaucoup d’autres types de repas, d’espèces complètement différents pour occasions différentes. Je crois que ça arrive parce qu’on ne peut pas enseigner les goût à personne. Chaque un a sa propre langue, et chaque un sent un goût particulier. Pour ça il y a de repas comme les moules, que beaucoup de gens les aime, beaucoup les déteste et beaucoup sont indifférent à eux.
Monica Belucci n’est pas un moule, n’importe quoi que ça veuille dire. (moment intime : c’est dans les moments comme ça que je vois que la divagation est allé trop loin, peut-être).
Ce texte est définitivement le plus inutile déjà écrit.

Somos todos Dilberts... / Nous sommes tous Dilberts...


Porque não simplificar? / Pourquoi ne simplifier pas?

A matematica sempre me intrigou. Algumas pessoas fora do circuito das escolas de engenharia possuem a ilusão que os engenheiros e estudantes de engenharia sabem fazer contas. Errado, engenheiro não sabe nada. A escola de engenharia é igual o permanente de uma debutante do baile de 15 anos. Enchem a cabeça dela coisas, dizem que é « permanente », mas no fim da festa o arranjo se desfaz e ela volta a ser a mesma mocréia de sempre. A escola de engenharia é extamente a mesma coisa. Nos forçam a aprender integrais, derivadas, analise numérica e etc, e no final do curso percebemos que as unicas coisas que conseguimos fazer corretamente sao as quatro operaçoes aritmédicas basicas.
Pessoalmente, na maioria das vezes na escola de engenharia, pior do que uma debutante que sabe que o permante vai desfazer, eu me sentia uma debutante careca, que nem chance de fazer o « permanente » a pobre coitada teve. (Devo admitir que é uma analogia um pouco estupida, pois uma debutante careca não é muito comum, a nao ser que você va no baile do Hospital do Cancer). Isso não tem nenhuma relação com a progressão continua da minha testa atual.
Mas debutantes, cancer e permanentes são assuntos para outra ocasião.
O que eu quero falar é sobre matematica. Além de muitas e muitas coisas que eu nunca consegui entender nela, uma me aflige mais do que todas : como pode uma coisa inventada pelo homem, auto gerar tantos labirintos sem saidas e problemas de soluções impossiveis que nem mesmo o homem pode resolver ?.
Vejam bem. Se a matematica não existisse até hoje, e eu resolvesse inventa-la agora, começaria dizendo 1 + 1 = 2…. 2 + 4 = 6…. E assim por diante. Até ai tudo bem. Mas sou eu que estou inventando, e eu tenho o direito de inventar o que eu quiser. Então se alguem perguntasse pra mim :
« - Po, interessante essa parada de matematica que vc inventou ai. Quanto que da 1 dividido por 0 entao ? »
Aprendemos na escola que essa divisao é impossivel. Mas como seria eu, so eu e mais ninguem que estaria inventando a matematica, eu diria que a resposta é 10. Porque ? Porque eu quero, simplesmente. Eu inventei, eu nao quero complicar a vida de ninguem, portanto 1/0=10. Porque ? Porque é assim e acabou. Alguem ja te explicou porque o 6 é maior que o 5 ? Porque o 5 chama-se 5 e o 20 chama-se 20 ? Na minha matematica, 1/0=10 e pronto, « não entenda, aceite » (esse é o grito de guerra dos engenheiros).
O pi por exemplo , nao valeria 3,14159…. Ele valeria 5, porque eu acho bonito. Pra quem nao sabe o pi é a relação constante entre a circunfêrencia de um circulo e seu diâmetro. Isso é imutavel, não tem jeito. Mas na minha matematica, 3,14 vezes o diâmetro do circulo é igual a 5. Toda circunferencia de qualquer circulo tem 5 vezes o tamanho do seu diametro.
A minha matematica seria mais simples, nela nao ha problemas sem resposta. Afinal, eu inventei e eu dou a resposta que eu quiser. A matematica classica é claramente inadequada para a mente humana, vide o numero de pessoas que nunca a aprendem e que possuem dificuldades.
Eu realmente nunca consegui entender como a criação pôde dominar o criador de tal maneira. Na minha matematica, eu comando, chegou uma pergunta dificil, eu digo sem hesitar, a resposta é 4 ! « Porque ? ». Porque eu quero, eu inventei e ninguém me domina !
A matematica classica é o Frankstein, a minha matematica um poodle aleijado.


En Français
La mathématique m’a toujours intrigué. Quelques personnes dehors des circuits des écoles d’ingénieur possèdent l’illusion que les ingénieurs et les étudiants d’ingénierie savent compter et fait des calculs. Faux, l’ingénieur ne sait rien. L’école d’ingénieur est comme la coiffure « permanent » que les filles de 15 ans font pour ses bals. Les coiffeurs mettent beaucoup de choses sur sa tête qui devraient être « permanent », mais à la fin de la fête tout l’arrangement de son cheveux est défaite et elle redevient la même fille moche de toujours. L’école d’ingénierie est exactement pareille. Ils nous forcent à apprendre les dérivées, les intégrales, l’analyse numérique et etc. À la fin de la fac on aperçoit qu’on ne sait que faire les 4 opérations arithmétiques basiques.
Personnellement, pire qu’une fille de 15 ans avec une coiffure qui va se défaire en allant au bal, parfois à l’école d’ingénieur je me sens une fille de 15 ans chauve, qui n’a même pas eu l’opportunité d’avoir du cheveux pour faire une coiffure. (Je dois admettre que cette analogie a été un peu stupide, puis que il n’y a pas beaucoup de filles de 15 ans chauves qui vont aux bals. Sauf si tu vas au bal du Hôpital du Cancer). Ce n’a pas aucun rapport avec l’agrandissement continuos de mon front.
Mais, filles de 15 ans, cancer et coiffures sont de sujets pour une autre occasion.
Je veux parler de mathématique. Au-delà de beaucoup et beaucoup de choses que je n’ai jamais compris sur elle, il y a une chose qui vraiment m’intrigue le plus : Comment une chose inventée par l’homme peut arriver à auto créer une quantité si grand labyrinthes sans sortie, de problèmes que ne même pas le hommes peuvent les résoudre ?
Regardez bien : si la mathématique n’était pas crée jusqu’à aujourd’hui, et si je venais de commencer à l’inventer, je commencerais comme ça : 1+1=2….. 2+4=6 et ainsi de suite. Ca va jusqu’à là. Mais, c’est moi qui suis en train de l’inventer, donc, j’ai le droit de faire ce que je veux. Alors, si quelqu’un me pose la question:
« - c’est intéressant ce truc de mathématique là que tu fais. C’est combien la division de 1 par zéro alors ? »
On a appris dans l’école que cette division est impossible. Mais, c’est moi qui l’ai inventée, personne d’autre, donc je dirais que la réponse est 10. Pourquoi ? Parce que je veux. C’est comme ça. Est-ce que quelqu'un vous a déjà expliqué pourquoi le 6 est plus grand que le 5 ? Pourquoi le 5 s’appelle 5, et pourquoi le 20 s’appelle 20 ? Dans ma mathématique, la division de 1 par zéro est égale à 10, tout simplement. « Ne la comprenez pas, l’acceptez » (c’est le cri de guère des ingénieurs).
Le pi, par exemple : il ne vaudrait pas 3,14159….. il vaudrait 5, parce que je trouve le 5 mignon. Pour ces qui ne savent pas, le pi c’est le valeur de la division entre la circonférence et le diamètre d’un circule. Ce n’est pas changeable, c’est vrai. Mais dans ma mathématique, 3,14 fois le diamètre d’un circule est égale à 5. Toutes le circonférences ont 5 fois la taille de son diamètre.
Ma mathématique est plus simple, on n’a pas de problèmes sans solution. Enfin, je l’ai inventé, je mes la réponse que je veux. La mathématique classique est clairement inadéquate pour l’être humain, vu le nombre de personnes qui ont difficulté en la comprendre.
Je n’ai pu jamais comprendre comme la création a pu dominer le créateur de telle façon. Dans ma mathématique, c’est moi qui gère, si il y a une question difficile qui arrive, je réponds tout de suite : « la réponse, c’est 4 ! ». Pourquoi ? Parce que je veux, je l’ai inventé et personne ne me domine !
La mathématique classique est un Frankstein, ma mathématique est un chien poodle handicapé.

mardi 15 mai 2007

Fuck the Pope





Porque eu detesto o Papa ?

Como eu disse antes, este é um blog livre, portanto se você se ofende facilmente ou possui valores morais incotestaveis, pare de ler. Para os outros que nao sao escravos do medo do livre pensar, continuem.
O papa que odeio é o Joao Paulo II, o ultimo falecido. O papa atual é tão impopular e com uma ausênsia de carisma tao evidente, que chega a dar pena de odia-lo, apesar de ser tambem um grande « conard »*. O Joao Paulo II, pelo contrario, era super carismatico, com cara de vovo bonzinho e fofinho. E o pobre coitado ainda levou um tiro e sobreviveu graças à ajuda divina. E essa face hipocrita de bonzinho que me da mais raiva, pois as pessoas nao percebem o quanto este ser humano foi prejudicial para o planeta durante a sua existência. Vou lhes explicar porquê.
Desde sempre a Igreja Catolica serve para impedir o livre pensamento, impor valores estupidos e manipular as pessoas como carneiros. Isso não é surpresa pra ninguém. Talvez seja um papel importante na humanidade, vai saber. Assim como a existência das doenças, é ruim, mas é necessario. Vou morrer imaginando o mundo se nunca estivesse existido a religião catolica, nem o vaticando.
Este tumor indestrutivel chamado vaticano infecta o mundo inteiro com seus pequenos agentes chamados de padres, bispos, papas e etc.
Ainda nao expliquei a razão do meu odio. Dentre varias e varias outras razões, tem uma que revolta mais : Em 1994, houve no Cairo uma conferencia mundial muito grande, chamada Conferencia Internacional da ONU da População e Desenvolvimento. Reuniu 180 chefes de estado, praticamente o mundo inteiro. Enquanto discutiam planos para redução da miséria e das doenças cronicas e epidêmicas e para o desenvolvimento dos paises pobres, principalmente na Africa, o « conard » Joao Paulo II resolveu dar as caras e abrir a boca.
Num discurso amplamente divulgado, o papa declara sua desaprovação ao uso da camisinha como método anticoncepcional, e afirma que a abstinência é o unico meio bom aos olhos de Deus de evitar a Aids. Esperem, reflitam comigo. O papa é ainda hoje uma pessoa amplamente respeitada e escutada por milhoes e milhoes de fiéis no mundo inteiro, incluindo Africa. Seus comandos sao seguidos por muita muita gente. O « conard » sabe disso. No continente que mais sofre com a Aids, que mais ha proliferaçao desta doença, como pode um ser humano que se considera bom ousar desaprovar a camisinha, sabendo que vai ser seguido ? Eu digo e repito sem nenhum constragimento : O papa Joao Paulo II foi um dos maiores criminosos da nossa historia. Um assissino em massa, que foi o ser humano que mais carregou o peso da proliferação da AIds na Africa. Talvez nem Hitler tenha sido diretamente responsavel por tantas mortes. Hoje os dois disputam no inferno o cargo mais alto.
Eu me sinto esgotado quando vejo os discursos pobres de reflexao dos « homens da igreja » . Fico imaginando ha quantos anos eles vêem nos prejudicando, apagando as mentes e as idéias dos coitados que nao têm escolha à não ser temerem uma instituição tão grandiosa como a igreja catolica.

Não estou sozinho :
« O resultado disso é que o papa, mais que qualquer outro homem de Estado, pode ser tido como em parte responsável pelo aumento desenfreado da população que tem sido registrado em certos paises, e pelo alastramento da Aids na África. » Hans Kung



*Breve explicação da palavra « conard » : queria chamar o papa de filho da puta, escroto, miseravel, desgraçado. Mas todos esse xingamentos acabam ofendendo alguém que nao tem nada a ver com a historia. As putas sao pessoas como a gente e na maioria das vezes sao pessoas menos prejudiciais à sociedade que os « homens da igreja », O escroto é uma parte do corpo masculino com funções pertinentes e coerentes. Miseravel e desgraçado se referem mais às pessoas que nao possuem muitos bens, que possuem vidas dificeis. Nao é o caso dos papas. Entao escolhi um xingamento em francês, « conard » que quer dizer ao mesmo tempo babaca, ignorante e idiota. Isso vai facilitar minha vida. Portanto, ao lerem « conard », leiam babaca, ignorante e idiota.


En français
Pourquoi est-ce que je déteste le Pape ?
Comme j’ai dit avant, c’est un blog libre, donc, si vous vous offensez facilement ou possédez de valeurs morales incontestables, arrêtez de lire. Pour les autres qui ne sont pas esclaves du peur du libre penser, continuez.
Le pape que je déteste c’est le Joan Paul II, le dernier décédé. Le pape actuel est tellement impopulaire et avec une complète manque si évidente de charisme si, que j’ai piété de lui détester, malgré qu’il soit aussi un grand conard. Joan Paul II était, au contraire, très charismatique, avec une visage qui semblait à un grand père bon et mignon. En plus, notre pauvre Pape a été blessé par un coup de feu, et il était sauvé par l’aide divine. C’est cette visage hypocrite que me faire détester plus encore, parce que les gens ne aperçoivent pas combien cette personne fut préjudiciel à la planète pendant sa existence. Je vais vous expliquer pourquoi.
Depuis toujours l’église catholique sert à empêcher le libre penser, à imposer de valeurs stupides et manipuler les personnes comme moutons. Ce n’est pas une surprise pour personne. Peut-être un rôle important dans l’humanité, qui sait. Comme l’existence des maladies, c’est mauvais, mais nécessaire. Je vais imaginer jusqu’à mon dernier jour comment serait le monde si ni cette église ni le Vatican n’avaient jamais existé.
Cette tumeur indestructible appelée Vatican infect le monde entier avec ses petits agents appelés de prêtres, évêques, papes et etc.
Je n’ai pas encore expliqué mes raisons pour cette haine. D’entre beaucoup d’autres raisons, il y a une qui me révolte le plus : En 1994, au Caire, il y a eu lieu une grande conférence mondial, très grande, appelée Conférence pour La Population et Développement. Elle fut organisée par les Nations Unies. Elle a réuni plus de 180 chefs d’états, pratiquement tout le monde. Pendant qu’ils discutaient sur les plans pour la fin de la misère et des maladies chroniques et épidémiques et sur les solutions possibles pour le développement mondial, le conard a décidé ouvrir sa gaulle. Dans un discours amplement entendu, il a réaffirmé sa désapprobation à l’utilisation des condoms comme un méthode anticonceptionnel et il a déclaré que l’abstinence est l’unique façon bien vue par dieu d’éviter la Sida. Attendez, réfléchissez avec moi. Le pape est encore aujourd’hui une personne très respectée, il est entendu et suivi n’import où par millions et millions de personnes. Le con sait ça. Comment a pu-t-il faire ça dans le continent avec les plus nombreux cas de sida dans le monde ? Comment a pu-t-il dit ça où millions sont contaminés et d’autres millions sont morts à chaque mois ? Je dis sans regret et sans souci : le pape Joan Paul le II fut un des plus grands criminels de notre histoire. Un assassin en mass, la personne qui a plus apporté la faute de la prolifération de la Sida dans l’Afrique. Peut-être ni même Hitler a été responsable pour une quantité pareil de morts. J’imagine que les deux disputent aujourd’hui la position plus prestigieuse dans l’enfer.
Je me sens fatigué quand je regards les discours pauvres en réflexion des « hommes de l’église ». J’imagine la quantité de temps que ces gens là sont en train de nous préjudicier, d’effacer des esprits et des idées des pauvres personnes qui n’ont pas de choix que d’avoir peur d’une institution tellement grandiose comme l’église catholique.

Je ne suis pas seul :
« Le résultat de ça, c’est que le pape, plus que n’importe quel chef d’état, peut être considéré responsable pour une partie par le agrandissement sans contrôle de la population qui a été rapporté dans quelques pays et aussi pour la prolifération de la Sida en Afrique » Hans Kung

Scholé

Explicando o meu blog :
Resolvi escrever um blog sem nenhum proposito. Tenho algumas idéias que me passam pela cabeça, as vezes são engraçadas, outras vezes não. As vezes nervosas, outras vezes não. Na maioria das vezes são completamente sem sentido. Por alguma razão que ainda desconheço eu resolvi começar a publica-las.
Escolhi o nome Scholé, que é a origem grega da palavra « escola ». Em grego « Scholé » quer dizer tempo livre. Este blog é meu tempo livre (o que é raro ultimamente), é o que da vontade de escrever livremente, sem me ligar com nenhuma ideologia de nehuma natureza. Arreganhadamente livre, pornograficamente livre.
Eh bom deixar claro que nao sou um bom escritor, nem pretendo ser. Apenas sei escrever, e esse vai ser meio de me comunicar.
Vou tentar escrever sempre em francês os mesmos textos, para que meus amigos não brasileiros possam lê-los também Claro que vai ser uma péssima tradução, mas quem disse que péssimo é ruim ?


En français
En expliquant mon blog :
J’ai décidé d’écrire un blog sans ancun propos. J’ai quelques idées qui passent à travers ma tête, par fois elles sont drôles, par fois elles ne le sont pas. Par fois elles sont énervées, par fois elles ne le sont pas. Dans la majorité de fois elles n’ont pas du tout de sens. Par quelque raison que je ne connais pas encore, j’ai décidé à commencer à les publier.
J’ai choisi le nom Scholé, qui est l’origine grec du mot école. En grec, « Scholé » veut dire temps libre. Ce blog est mon temps libre (ce qui est rare ces jours), ce qui me donne envie d’écrire librement ; sans m’attacher avec aucune idéologie d’aucune nature. Eclatement libre, pornographiquement libre.
Il faut dire que je ne suis pas un bon écrivant, et je n’ai pas l’intention de l’être. Je sais écrire, c’est tout, et celui-là va être mon moyen de me communiquer.
Je vais essayer d’écrire toujours en deux langues, donc mes amis par tout pourront comprendre. Bien sur que ça sera toujours une traduction nulle, mais qui q dit que nulle est mauvaise ?