samedi 26 mai 2007

Minha ilha e a perfeiçã (1a parte) / Mon île et la perfection (1ère partie)








En portugais….

Sempre qui ser um ditador de uma ilha. Uma ilha pequena, isolada no meio do Pacífico. Esse lugar seria totalmente diferente de todos os outros. Com certeza seria odiada por muitos. Porém, diferente de Cuba, nesta ilha qualquer um poderia ir embora quando bem entendesse. Poderia também vir quem quisesse, sem visto nem passaporte. O propósito da ilha seria de repressão zero, onde tudo pode. A impressão que tenho é que as leis não funcionam, são anti-práticas, por isso a ilha seria um lugar de testes de um segundo modelo de sociedade, um lugar onde não houvesse lei, apenas bom senso e respeito. Citarei várias vezes minha ilha no futuro, começo com sua introdução.
Neste lugar não haveria carros. O único meio de transporte seriam bicicletas, as pernas e o bonde. O bonde não teria horário certo, e o condutor poderia parar quando bem quisesse para tomar um café, um sorvete. E cada vez que ele o fizesse todas as pessoas também desceriam do bonde, pra tomar um café, tomar um sorvete, fumar um cigarro, sentar numa mesa a céu aberto e conversar. As bicicletas seriam gratuitas e sem proprietários. Seriam propriedades de todos. Uma bicicleta encostada no muro poderia ser pega por qualquer um e usada. Esta mesma pessoa ao chegar no seu destino também a deixaria encostada em muro para que outra pessoa a usasse então. Você poderia pintar, decorar e equipar a bicicleta como quisesse, afinal ela seria de todos. Você poderia nunca mais vê-la, mas sua arte estaria sendo vista por outros. A soma das modificações e artes das biciletas faria com que você sempre usasse um exemplar único e original.
Outra característica particular da ilha seria sua olimpíada. Seria uma olímpiada onde o dopping seria obrigatório, só pra ser do contra mesmo. Politicamente incorreto? Sim. Porém seria amplamente assistida no mundo todo com certeza. Uma vez que os 100 metros rasos fossem completados em 6 segundos, minha ilha viraria notícia. Essa lugar utópico seria refúgio de tudo que não pode, tudo que não deve ser feito, tudo que é imoral e proibido. A “olimpíada dopping” seria o maior reflexo disso.
Nela também não haveria moeda. Tudo seria gratuito. Desde o pão na padaria, os hospitais, as escolas, o transporte até o terno que você mais gostou. Cada pessoa também trabalharia de graça. Cada um escolheria a profissão que quisesse, sabendo que não ganharia nada por isso, mas também que tudo seria de graça. Desta forma evitaríamos os ambiciosos que passam por cima de tudo para ficarem mais ricos. Evitaríamos a corrupção, afinal não haveria o que oferecer como propina, pois tudo ja seria ascessível e gratuito a todos.
Todas os tipos de narcóticos seriam legalizados e gratuitos. Não caberia ao estado controlar as vontades da população. Não seria imoral nem vergonhoso ser um drogado, apenas uma característica como outra qualquer, como a altura ou a cor dos olhos. Se esta pessoa morresse antes das outras, isso seria um problema exclusivamente dela. Ela viveu como quis.
As casas não possuiriram cercas, nem cozinhas. As cozinhas seriam espaços grandes espalhados por quarteirões onde todos se reuniriam para comer juntos, sempre. Seria um espaço aberto, gratuito e farto. A convivialidade de maneira geral seria privilegiada e incentivada.
Todos os tipos de religiões seriam proibidas. Não haveria se quer uma igreja, nem templo ou o que quer que seja. Sei que a palavra « proibida » não rima com liberdade, que é o propósito absoluto da ilha. Porém as religiões são intolerantes à outros tipos de pensamentos que não condizem com seus ensinamentos. E a recíproca não é verdadeira. Desta forma, por causa da intolerância das religiões em relação aos incrédulos e ateus, elas seriam execradas da minha ilha.
Seria direito de todos pintar a casa alheia como quisesse. Se você visse uma casa e achasse que ela ficaria mais bonita pintada de verde, ou com bolinhas amarelas, você poderia fazê-lo, não seria ilegal. Toda forma de expressão seria legal e tolerada. A arte de todos, medíocre ou não, seria espalhada por todos os lugares na ilha. Nas casas, nas biciletas, nos muros, no chão, nos bondes, em tudo.
A ilha seria, como tudo deveria ser, um espaço gigantesco de auto conhecimento do ser humano. Afinal é em ambientes livres que conseguimos nos expressar melhor. Olhando nossa própria expressão, passamos a nos conhecer.
O mundo não é perfeito. Nem o comum, nem o da minha ilha. O ser humano não é perfeito, e é simplesmente pedir demais querer um mundo sem problemas.
Agora tenho que procurar um nome pra ilha…



En français
La traduction dans quelques jours…

5 commentaires:

Unknown a dit…

Resumindo uma zona neh?

:D

Nara Portela a dit…

Fabitcho, me faca o favor de me lembrar de nao votar em vc caso vc venha a se tornar uma figura politica, tah?! Isso nao tem nada a ver com o qnto eu gosto de vc
!!! uahuahuahuahauha
Bjooooo

Rafael a dit…

Essa tua ilha tá parecendo um puteiro que havia perto da minha casa em Curitiba.

Ângela a dit…

Fábio, gostei da idéia, mas você deve aperfeiçoá-la. Fiquei pensando, o que seria feito com quem desrespeitasse a regra máxima de se fazer o que quiser, não deixando que outra pessoa fizesse o que quisesse?
De qualquer forma, gostei muito e vou pensar em algumas soluções. Beijos.

Unknown a dit…

fabio: um anarco-idealista
como compro um bilhete soh de ida?
beijosssss