jeudi 19 juillet 2007

Tela em branco. Pinte-se.


O destino é seu !

Há pouco tempo eu comecei a escrever, e percebi que é uma ótmia maneira de colocar as idéias no lugar.
Hoje durante uma conversa um assunto que me indigna me veio à tona.
É a procuração que doamos ao destino, à Deus, ao horóscopo. Simplesmente doamos nossa vida à algo que não existe pra nos sentirmos mais confortáveis, na posição do peão-de-obra, que não toma deicsões, simplesmente as aceita e as executa, como se seguisse ordens divinas, superiores.
Como eu destesto essa caridade !
É tão comum nos encontrarmos em situações em que dizemos : « é, não era pra ser, não era pra acontecer… »
Simplesmente esquecemos que estamos absolutamente sozinhos nessa vida estranha pra tomarmos nossas prórprias decisões. Esquecemos que somos plenamente responsáveis e autônomos nas nossas escolhas, no nosso destino.
O que seria de Picasso, se desse o pincel pra outra pessoa e dissesse : « ok, pinte pra mim, pois eu não sei o que pintar. ». Entregamos nosso pincel e nossa tela à uma religião esúpida, à um horóscopo, à um irmão mais velho, ao jornaleiro da esquina (como dizia Raulzito).
Temos tão pouco nessa vida, e ainda assim entregamos em mãos alheias. Entregamos à sinais abslotumante sem significância, na nossa superticiosidade enraizada. Um ônibus perdido, uma má conscidência, já basta pra concluirmos besteiras e descartarmos grandes oportunidades de viver, vivenciar, sofrer e rir.

Quantas viagens, amores e amizades já perdemos por conclusões simplistas, sem um minuto se quer de reflexão ? Não são poucas. Pelo menos pra mim não. Por isso eu tento, na medida do possível, contrariar tudo que possa parecer um sinal para o não fazer, o não tentar, o desistir.
Se eu perco o ônibus eu vou de bicileta, se o pneu furou eu vou à pé. Se eu torço o tornozelo vou de carona, se eu for sequestrado não importa. O que interessa é que eu não doei meu destino à sinais estúpidos.
Sinais estúpidos. Cuidado, eles podem te amputar, te limitar e finalmente te fazer viver uma vida mais preta e branca. Nada mais triste que uma vida que pode ser impressa em uma velha impressora matricial.

Eu não tenho cavalo bravo, não tenho carro desgorvenado, nem avião sem ailerons . Eu tenho minhas duas pernas. É tudo que tenho. Pois são as duas coisas sobre as quais possuo contrôle e que comando, que domino. Nao vou as entregar à ninguém.

Se um « sinal » te diz pra « parar por aí », mande-o pra puta que o pariu. O sinal não existe. Ninguém está te vigiando. Ninguém se importa com você. Aceite que que a úncia pessoa responsável por você é você mesmo. Tudo que é fisicamente possível está a seu alcance. Tudo.
Pois domine seu cavalo bravo, controle seu carro desgovernado e aterrise seu avião em queda. Viva a sua vida, seus momentos. Se eles são grandiosos ou apáticos, quem difine isso é você, mais nada nem ninguém.

A pessoa mais madura e mais sabida que a gente sempre enxerga nos outros ainda não nasceu. A nossa estratosfera está mais próxima que parece. Está na nossa cabeça. Só depende de nós definirmos até qual altitude respiramos.

mardi 10 juillet 2007

L'Ile de Ré


Em português...
Cada um tem seu refúgio. Cada um tem seu canto, ou improvisa um canto. Cada pessoa acha seu lugar, seu mínimo, que é só dela, mesmo sendo de todos. Cada um tem sua impressão, todos são iluminados pelo sol, e ninguém o possui.
No último domingo eu fui pra Ilha de Ré (leia-se Rê em português). Eu achei meu canto. Canto de muitos outros, mas ainda meu canto.
A ilha de Ré não sabe que eu existo, nem nunca vai lembrar que lá estive. Mas ela é também minha ilha, minha, meu canto, só meu, mesmo sem ela saber.
Somos todos, suponho eu, « ilhas de Ré » de outras pessoas. Assim como acredito que cada um de nós possuímos várias ilhas de Ré. Não pertencemos a ninguém, pertencemos à todos. Não há razões pra ciúmes, todos os casais olham a lua cheia, sem a querer com exclusividade. Somos todos ilhas, isolados, amados e pertencentes ao mundo. Somos todos (com algumas exceções !) lugares exóticos prontos a serem explorados. Interessante para uns, apático para outros. Ensolarado para uns, chuvoso para outros.
Na Ilha de Ré eu me senti leve, me senti feliz.
Lá não chove, só faz sol.
Lá as ruas são de pedras e as janelas têm flores. Os muros são brancos e os velhinhos andam devagar. Lá as pessoas sorriem e dizem « bonjour! ».
Na ilha de Ré não há trânsito, há bicicletas.
Enquanto o mundo se apressa, a Ilha de Ré anda, quase que de propósito, devagar. Só descobrimos que nao é de propósito quando andamos por lá e vemos as pessoas de lá. Só então percebemos que a falta de propósito é o que faz dela tão especial.
O mundo se inspira no grandioso, no rápido e no rico. Ainda bem que existem lugares como a ilha de Ré pra nos mostrar que essa formula é incorreta. Ainda bem !
Viva o pequeno, o calmo, o lento, o desconhecido. Viva o simples, viva o original, viva a diferença.
Viva a Ilha de Ré.


En français...

Chaque un a son propre réfugie. Chaque un a son coin, ou improvise son coin. Chaque un trouve son lieu, son minimum, qui n’est que à lui, même si il est à tous. Chaque un a sa impression, tous sont illuminés par le soleil, et personne ne le possède.
Dans le dernier dimanche je suis allé à l’Ile de Ré. J’ai trouvé mon coin. Le coin de beaucoup d’autres, mais quand même mon coin.
L’ile de Ré ne sait pas que je existe, ni elle ne va jamais se rappeler que j’étais là. Mais elle est aussi ma ile, la mienne, mon coin, que à moi, même si elle sait pas.
Nous sommes tous, je suppos, « iles de Ré » à autres personnes. Je crois aussi que chaque un possède plusieurs iles de Ré. Nous ne sommes pas à personne, nous sommes à tous. Il n’y a pas des raisons pour la jalousie, tous les couples regardent la lune pleine, sans la vouloir exclusivement pour eux même.
Nous sommes tous des iles, isolés, aimés et appartenus au monde. Nous sommes tous (avec quelques exceptions !) de lieus exotiques prêts à être explorés. Intéressent pour quelques uns, apathique pour quelques d’autres. Ensoleillé pour quelques uns, pluvieuse pour quelques d’autres.
Dans l’ile de Ré, je me suis senti léger, je me suis senti heureux.
Là bas il ne pleuve pas, il ne fait que beau.
Là bas les rues sont à pierre, les fenêtres apportent des fleurs. Les murs sont blancs, et les vieux promènent lentement. Là bas les personne sourient et disent « bonjour ».
Dans l’ile de Ré, il n’y pas des embouteillages, il y a des bicyclettes.
Lors que le monde s’arrache, l’ile de Ré marche presque qu’en propos lentement. Nous ne apprenons que ce n’est pas en propos que après que nous y arrivons, ou que nous y parlons avec des personnes. Nous apercevons alors que la manque de propos, c’est justement ce qui la fait si spéciale.
Le monde s’inspire dans le grandiose, dans le rapide et dans le riche. Au moins il existe des lieus comme l’ile de Ré, pour nous montrer que cette formule est incorrecte. Au moins !
Vive le petit, le calme, le lent, l’inconnu. Vive le simple, vive l’original, vive la différence.
Vive l’ile de Ré.