vendredi 27 juin 2008

Amanhã




Ontem eu não fui
O que deu tempo de ser
Era cedo e
Não quis poder

Hoje sonho distante
Do futuro que vem
Esfregar-me no rosto
O fim do instante

Serei então
O que hoje sou eu,
Um sonhador nostálgico
Que faz do passado vazio
O imaginado de um futuro passado
Que não viveu


by me

mercredi 25 juin 2008

Anti-Cristo







Não, eu não agüento!!
Quem me conhece sabe o que eu penso sobre religiões: elas são o mal do mundo. Sempre foi e sempre será a principal fonte de discordância, violência, preconceito, intolerância, racismo e todos os “ismos”, “ceitos” e “ancias” maléficos da história humana. Falo brevemente, pois quero atacar um alvo específico hoje. Quero deixar claro: eu odeio TODAS as religiões, mas tem uma que vem me incomodando particularmente muito nos últimos tempos. Os idiotas da igreja universal do reino de deus e suas corporações adjacentes. Pra ser bem claro: se você que está lendo o blog e pertence a essa igreja, você é um idiota, maléfico e eu desejo todo o mal pra você e sua família. Eu te desejo uma morte lenta e dolorosa. Eu te odeio e odeio todas as pessoas para quem você dirige a palavra.
Estou cansado, farto, enojado dessas atitudes que passam despercebidas por nós pelo pressuposto imbecil de que temos que tolerar as religiões, como se fossem incontestáveis:
Na minha cidade derrubaram na calada da noite casarões históricos para fazerem um estacionamento para o grande templo da fé desses merdas.
A bancada evangélica em Brasília só cresce, e todo mundo sabe que é a turminha do colarinho branco mais corrupta, cínica (e ainda assim isenta de impostos) e mercenária do país.
Redundante falar da exploração da ignorância e pobreza dos pobres coitados que se agarram em qualquer crença que os iluda a sair das vidas miseráveis que vivem. Mesmo que tenham que pagar por isso.
Acabo de ler no jornal que os evangélicos foram protestar no congresso contra o projeto que criminaliza a homofobia. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416125.shtml ). Numa boa, que merda esta igreja está fazendo?
Na verdade me canso até de falar deste assunto, me exaure completamente. É muita podridão aceita muito facilmente. As religiões têm esta característica de segregar as pessoas e cortar o diálogo entre elas. Entretanto a igreja evangélica deixa isso mais evidente no dia a dia, pelo seu boom atual que enriquece os pastorezinhos de merda.
Pronto, desabafei. Melhor ir fazer algo que me cause um sorriso pra despressurizar a tensão da revolta. Aos evangélicos, eu vos desejo a extinção e apóio vosso genocídio.

mardi 24 juin 2008

O engenheiro embriagado.

painting by Judi Bagnato






Depois de longos, confusos, frustrantes, árduos, mutantes, áridos, e verdadeiramente penosos anos dentro da escola de engenharia, eu me formei. Eu não consigo esquecer as promessas de outros tempos. Faria ritual de queima de livros de cálculo e equações diferencias. Compraria foguetes e os soltaria nas janelas do prédio da faculdade. Deitaria no corredor e gritaria até perder a voz. Beberia todo o álcool que meu corpo pudesse agüentar. Todas as promessas pra quando o dia chegasse. O dia chegou. Não, não vou cumprir as promessas. Vou comemorar comigo mesmo, na intimidade da minha insanidade.


1h e uma garrafa de Saint Emilion mais tarde...


Duas taças na mesa, uma de água, uma de vinho. John Coltrane no ouvido. Noite morna. Que mais alguém precisa?O vinho, a única prova material que Deus existe. Não, não acredito em Deus. Acredito no vinho. Vinho, eu te amo.


Como o silêncio, como a solidão, o vinho me ajuda a enxergar com nitidez o espelho opaco que me reflete. O vinho, diferente de qualquer entorpecente, tem gosto de êxtase.


Agora Louis Armstrong canta “Hello Dolly!”. Talvez seja melhor ir dormir, antes que algo estrague meu dia bom. Seguindo as instruções de um bom amigo: “calma, com uma garrafa de vinho nada de mal pode te acontecer”, permaneço.


Lúcido, porém embriago, eu permaneço. E escrevo. Eu perdi o aniversário do meu blog, mas sei que já faz mais de ano. Hoje eu tive que calcular minha idade. Já foi feito, já lembrei. Lembrei também de um poema lindo do Quitão (Mario Quintana para os não-próximos): (estranho, abri o livro justamente da página):


Das Utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”




Poema sai mais fácil que texto. Poema não é texto. Texto é tosco. Voilà:


Eu só busco
Achar não me convém
Buscar me basta
Ao fim o meu desdém

Se há o final da linha
Tirem-me da rota
Mintam-me o caminho
A verdade não me importa

By me.

OBS: A lebre que cruza a linha é a lebre morta.

mercredi 4 juin 2008

Poeminha cafona sobre saudade

painting by Paulus Paulus






Ironicamente
Faz-se presente
No momento mais ausente


Nasceu há muito
E não pretende envelhecer
A saudade há de vencer