mardi 27 novembre 2007

Fim da greve / La fin de la grève





"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, eu blogo! "


Tá bom tá bom, depois dos pedidos desesperados e agonizantes, resolvi pôr fim à greve. Porém a Inspiração está de mal comigo. Mas como ela é igual a mulher de malandro, basta eu paquerar um pouco a Divagação, que o ciúmes desperta e ela vem rapidinho de novo pra mim. Todavia deixo como discurso de reabertura uma citação lusitana (mas não necessariamente burra):


Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo
( além da sífilis, é claro)
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora...

Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa

lundi 19 novembre 2007

Greve / Grève






Greve
Estou de greve. Um protesto contra a escassez de comentários. Me alimento de comentários, e exijo aumento. Operação Padrão acaba de entrar em vigor.


Grève
Je suis en grève. C’est un protèste contre la manque de commentaires. Je me nourries de commentaires, et j’exige une augmentation. L’Opération Padrão vient d’entrer en vigueur.

lundi 12 novembre 2007

Minha ilha e a perfeição (parte 2) / Mon île et la perfection (partie 2)



en portugais...


Ontem, enquanto inocentemente sugado por mentes perturbadas a participar de mais uma discussão etílica à respeito de nada e de tudo ao mesmo tempo, lembrei da minha ilha no meio do Pacífico onde eu sou ditador. Então hoje eu resolvi pôr fim a essa negligência e citar mais algumas idéias para melhor personalizar este pedaço de terra cercado por água de todos os lados (uma antiga professora de português me ensinou que não devemos repetir a mesma palavras várias vezes em um texto, por isso vou evitar usar a palavra “ilha”. E para provar o meu esforço vou gastar todas elas agora: ilha, ilha, ilha, ilha, ilha e ilha. Pronto, agora seja o que Deus quiser. Creio que minha Divagação secundária frente ao texto possui traços de megalomania e deve ser calada o mais rápido possível. Pronto, voltemos à estrada asfaltada).
Um assunto que me incomoda muito no Brasil e em muitos outros países é a aminésia da população no que concerne o papel do político. Esquecem que ele é um funcionário público, que trabalha pra nós, são nossos serviçais. A única razão para a existência do mesmo é a reprodução humana em alta escala. Torna-se fisicamente inviável aglomerar toda a população de um país dentro de um espaço para que possam votar medidas e reformas para o melhoramente do país. Por esta razão, escolhemos alguns servos para nos representar e fazer esse trabalho entediante. Esses pobres coitados não têm nem direito à opnião própria, devem única e exclusivamente seguir o que os seus representados pedem. Obviamente não é isso o que acontece. Esse serviçais abusados acham que estão na própria casa, ligam a televisão e põe o pé em cima da mesa de centro da sala. Não lavam a louça, pegam a sua comida da geladeira, arrotam à mesa. E o pior, no fim do dia te fazem acreditar que a casa lhes pertence e que você é o serviçal. Entretanto, esses iludidos têm motivos para o serem. Afinal, uma vez eleitos representantes do povo, ganham uma sacolinha recheadas de brindes legais. Ganham apartamentos, carros com combustível infinito, seguranças exclusivos, jatinhos, dinheiro equivalente à toda a renda de seus representados e etc. Bom, eu com uma sacolinha de brindes dessa também me sentiria mais importante frente às outras pessoas. Com tantas oferendas, me sentiria digno de uma lenda ou santo, como Iemanjá ou Santo Antônio (este último eu citei pois deve ser o personagem mais abastado de oferendas da categoria, por ser o principal fornecedor de maridos para as mulheres brasileiras. Mas esse fato ainda exige confirmação. Além disso acredito que muitas delas confiscaram a oferenda de volta como forma de protesto ao péssimo produto oferecido, já que ainda não existe SAC neste departamento. Eu disse ainda. Não vai demorar muito pra que uma dessas figuras canônicas contrate os agradáveis serviços de telemarketing para oferecer crédito de pecados, redução de rezas, pacotes de benção e muitos outras vantagens. “olha bem Divagação, o papai gosta muito de você mas agora ele está ocupado com o texto principal, tá? Depois papai brinca mais com você.” ).
Visto tudo isso e o grande poço de merda putrificada dentro da qual está enterrada a política no Brasil e outros países, decidi rejeitar este modelo para minha espinha terráquea inflamada além do nível do mar. Lá, o político será chamado de político-escravo. É um nome chocante, mas este é o intuito. Assim nunca esqueceremos que ele é nosso subordinado, e soará estranho quando um político-escravo eventualmente “dominar” qualquer coisa que seja. Ele vai ganhar salário mínimo, andar de ônibus e enfrentar fila. No encontro das Nações Unidas em NY, deverá pegar um avião de carreira classe econômica. E não vale pedir um saquinho de amendoim a mais, se não a viagem encarece. Neste corpo estranho no meio de tanta água os políticos-escravos seriam pessoas comuns, como o seu Nelson que vcoê encontra no bar da esquina, como a dona Solange que te emprestou o sal na semana passada. O político-escravo é seu vizinho na minha península aleijada , e há grandes chances que o seu cachorro cruze com a cadelinha dele.



en français...


Hier soir quand je me suis dragué par les têtes perturbés à participer d’une discussion alcoolisée sur tout et rien au même temps je me suis souvenu de mon île dans le milieu du océan Pacifique où je suis dictateur. Donc aujourd’hui j’ai décidé de mettre fin à cette négligence et citer quelques idées pour meilleur personnaliser ce morceau de terre entouré d’eau par tous les cotés. (J’ai eu une prof de portugais qui me disait que ce n’est pas bon de mettre le même mot plusieurs fois dans le texte, alors je vais éviter le mot « île ». Et pour prouver mon effort, je vais les gaspiller tous toute de suite : île, île, île, île, île, île, et île. C’est dans les mains de Dieu maintenant. Je croix que ma Divagation secondaire par rapport au texte a des traces de mégalomanie, et elle fermer sa gueule toute de suite. Ca y est, on retour à la route asphalté.)
Un sujet que me perturbe beaucoup au Brésil et dans autres pays c’est la amnésie des gens par rapport au rôle des politiciens. On oublie qu’ils sont fonctionnaires publiques qui travaillent pour nous, qui sont nos employés. L’unique raison de sa existence c’est la reproduction humaine en grande échelle. Ca devient physiquement impossible agglomérer toute la population d’une nation dans un espace pour qu’ils puissent voter les reformes pour l’amélioration du pays. Pour cette raison, on choix quelques employés pour faire ce boulot pénible. Ces pauvres hommes n’ont même pas le droit à une opinion, une fois qu’ils sont payés pour faire exactement ce que ses représentés veulent. Evidement ce n’est pas ça qui arrive dans la réalité. Ces employés abusé pensent qu’ils sont dans leur propre maison, ils allument la télé, ils mettent ses pieds sur la table de centre de la salle. Ils ne font pas la vaisselle, ils prennent vos repas dans le frigo, ils rotent à la table. Le pire c’est que à la fin de la journée ils te font croire qu’il tu n’es pas le propriétaire de la maison, et que tu es leur employé. Néanmoins, ils ont des raisons pour en croire. Une fois qu’ils sont élus par leur représentés, ils gagnent une poche remplie de superbes cadeaux. Ils gagnent des appartements, des voitures avec essence infinie, sécurité personnel exclusive, des avions à jaillissement, de l’argent équivalent à toute la recette de la population représenté et etc. Alors, si j’avais gagné une poche de cadeaux comme celle-là, ça me ferait croire que je suis vraiment plus importante que les autres personnes. Avec assez de cadeaux je penserais que j’étais une légende où un saint, comme Iemanjá ou Saint Antoine. (J’ai cité ce dernier là parce que je pense qu’il est le plus grand gagneur de cadeaux de la catégorie, vu qu’il est le saint qui donne des maris aux femmes brésiliennes. Mais ce fait exige encore quelques vérifications. En plus, je croix que il y a eu plusieurs fois que les cadeaux ont été confisqués par les propres donneurs, comme une forme de proteste contre le mauvais produit reçu, une fois que ce département n’a pas encore un service téléphonique pour les consommateurs. J’ai dit « encore ». Dans quelques ans on aura les super agréables services de telemarketing qui offriront des crédits de péchés, réduction de prier, des produits bénis et beaucoup d’autres avantages. ( « écoutes Divagation, papi t’aime beaucoup, mais maintenant il doit finir le texte principal, d’accord ? Toute de suit papi revient pour jouer avec toi. »).
Vu toute ça et la grande piscine de merde putréfié dans laquelle la politique brésilienne de d’autres pays nagent, j’ai décidé rejeter cette manière d’être politicien pour mon éruption de planète au-delà du niveau de la mer. Là-bas les politiciens seront nommés politicien-esclave. C’est un nomme fort, mais c’est ça l’intention. Ca va nous souvenir tout le temps qu’ils sont nos subordonnés, et ça va être très bizarre quand éventuellement un politicien-esclave « dominer » quoi que ce soit. Il va avoir le SMIC comme salaire, il prendra le bus et il fera la queue. Pendants les conférences des Nations Unies à NY, il doit prendre un avion commun, dans la catégorie économique. Et il ne peut pas prendre une deuxième poche de cacahuète, si non la voyage va couter trop chère. Dans ce corps étrange parmi assez d’eau les politiciens-esclave seraient des personnes communes, comme monsieur Nelson que tu trouves du pub du coin, ou madame Solange, qui t’a prêté le sel la semaine dernière. Le politiciens-esclave est ton voisin dans ma péninsule handicapé, et il y a des bonnes possibilités que ton chien baisse sa chienne.

vendredi 9 novembre 2007

The winner.


en portuguais...


O que eu não quero ser.

Ontem eu fui à uma palestra onde se apresentava um sujeito de terno e gravata, administrador, economista, escritor, poeta e rico. Ele também tinha o cabelo engomado com uma mecha cinza que lhe conferia uma importância virtualmente maior. O nó da sua gravata amarela lustrosa parecia recheado de algodão, para dar maior volume. Um nó de gravata siliconado. Impunha-se como um galo de briga, peito cheio e pose de comandante.
Durante sua longa explanação divagava sobre a “possibilidade real” de que capitalismo e a felicidade do trabalhador pudessem coabitar num mesmo planeta. A palestra foi um showbusiness da pior categoria e de extremo mau gosto. Repetia clichês e ladainhas sobre como fazer o “bem” dentro e fora de uma empresa. Forçava sotaques para passar a impressão de que já misturava o português e o inglês sem que percebesse. Afinal ele é um homem de sucesso, e homens de sucesso falam inglês necessariamente. O grand finale foi um pedido descarado de aplausos pra ele mesmo, com a desculpa de que estavam aplaudindo a bandeira nacional. Não surpreendentemente ele foi amplamente atendido.
Durante todo esse processo confesso que alguns flashes cerebrais do Pastor R.R. Soares e Silvio Santos iludiram meus olhos por alguns instantes. Foi então que eu percebi a carência de todos nós. A linha é tênue ou inexistente entre uma palestra motivacional e uma missa ou culto de qualquer igreja. As pessoas precisam se apoiar em algo, em alguma idéia, em algum Deus, em alguma esperança ilusória, alguma falsa segurança. Mas enfim, isso é assunto pra outra mesa de bar numa outra sexta-feira.
O objetivo deste texto é peitar o vencedor, o homem de sucesso. O homem de sucesso que eu quero ser não usa gravatas siliconadas amarelas, nem mechas cinzas no cabelo engomado. Ele não faz declarações que o contradiz na mesa do cocktail pós-palestra. Além disso ele não é agradável com todo mundo, não sorri quando não sente vontade e só cumprimenta quem preza.
O homem de sucesso que eu enxergo é aquele que busca a felicidade real, palpável até o último dia da sua vida. Ele não pede nem precisa de aplausos. Ele sabe no seu mais íntimo e particular pensamento que ele é feliz, apesar de tudo e de todos. Ele se sente aliviado de ser uma pessoa esclarecida frente às idiotices que vê no dia a dia. E ele vibra sozinho e silenciosamente a glória de não ser escravo de uma platéia. Até o último dia de sua vida ele não aceitará que a felicidade já passou, e que não volta mais.
A vida é uma caminhada do ponto A ao ponto B. Pois caminhe no seu próprio ritmo, converse com as pessoas que estão caminhando perto de você. Admire a paisagem do trajeto. Não se apresse, pois quando chegar no ponto B perceberá que não há mais nada pra fazer nessa vida monótona.

en français...

Ce que je ne veux pas être.

Hier soir je suis allé à une conférence où un type se présentait avec de paletot et cravate. Il était géreur d’entreprises, économiste, écrivant, poète et riche. Il avait aussi la coiffure à gel, et une mèche grise qui lui apportait une importance virtuellement plus grande. Le nœud de sa cravate jaune et lustrée passait l’impression qu’il était rempli de coton, pour apporter plus de volume. Un nœud de cravate siliconé. Il s’imposait comme un coq de lute, la poitrine gonflée et la pose d’un commandent.
Pendant sa longue explication il divaguait sur la « possibilité réelle » de la cohabitation du capitalisme et de la félicité du travailleur dans la même planète. La conférence fut un grand show-business de la pire qualité, du plus mauvais goût. Il répétait des clichés sur comment faire du « bien » dedans et dehors une entreprise. Il forçait des accents pour donner l’impression qu’il n’apercevait plus le mélange qu’il faisait entre le portugais et l’anglais. Enfin il est un homme de succès, et hommes de succès parlent forcement anglais. Le grand finale s’est déroulé avec une demande désinhibé par applaudissements pour lui-même avec l’excuse qu’ils le faisaient pour le drapeau national. Sans surprise, il a été largement attendu.
Durant tout le procès je confesse que quelques flashes dans mon cerveau de Pasteur RR Soares et Silvio Santos ont dérangé et foncé ma vision et m’ont fait cru que je les regardais en fait. C’est quand j’ai aperçu la carence de nous tous. La ligne est fine ou inexistante entre une conférence motivationnel et une messe dans l’église. Les gens ont besoin de s’appuyer sur n’importe quelle chose, sur une idée, sur un dieu, sur un espoir false, sur un false sécurité. Mas c’est une discussion pour un autre pub, dans une vendredi différente.
Le but de ce texte c’est affronter le gagnant, l’homme de succès. L’homme de succès que je veux être n’utilise pas des cravates jaunes siliconés, ni des mèches grise dans sa coiffure à gel. Il ne fait pas des déclarations que le contredit dans la table pendant le cocktail après la conférence. En plus, il n’est pas agréable a tout le monde, il ne sourit que quand il veut et il ne compliment que ces qu’il en prie.
L’homme de succès réelle que je voix c’est ce qui cherche la félicité réelle, tangible jusqu’à le dernier jour de sa vie. Il ne demande pas ni veut pas des applaudissements. Il sait dans son plus intime et particulier pensée qui il est heureux, malgré tout et tous. Il se sent léger pour être une personne illuminée parmi les idioties qu’il voit à chaque jour. Et il vibre tout seul et silencieusement la gloire de ne pas être l’esclave d’une audience. Jusqu’à le dernier jour de sa vie il n’acceptera pas que la félicité soit déjà passée et qu’elle ne revienne plus.
La vie est une promenade du point A au point B. Donc, promenez vous avec votre propre rythme, parlez avec les gens qui promènent à côté de toi. Admirez les paysages du trajet. Ne soyez pas pressés, parce que quand vous arrivez au point B vous apercevriez que il n’y a plus rien à faire dans cette vie monotone.

mardi 6 novembre 2007

I’m really sorry.


I wish I was in control.

I 'm not.

I'm sorry.